Professores e demais trabalhadores da Educação do Estado de Minas Gerais voltam às aulas nesta quarta-feira, 27 de junho, após dezesseis dias de greve. O anúncio foi feito na tarde de terça-feira, 26, pelo Sind-UTE - Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - que divulgou Nota Pública a respeito. De acordo com aquela entidade, "a categoria continuará a luta pelo direito de receber seu salário em dia, sem exclusão de nenhum setor", frisou. Como esta quarta-feira, tem jogo da seleção brasileira pela Copa do Mundo, cada escola vai definir seu horário de funcionamento, informaram professores ouvidos pelo Site.

Conforme explica a Nota "a categoria paralisou suas atividades a partir do dia 11 de junho em função do não pagamento da primeira parcela dos salários no 5º dia útil do mês" e acrescenta: "O governo do Estado não cumpriu a escala de pagamento anunciada por ele mesmo e excluiu a educação básica que não recebeu na data divulgada (13 de junho)." E completou: "A partir daí, a paralisação que já estava convocada desde o dia 11 teve forte adesão em todas as regiões do estado. A Nota continua acusando o governo de tentar dividir a categoria "ao anunciar o pagamento de parte da primeira parcela apenas para os trabalhadores em atividade, excluindo quem já está aposentado/a. A situação foi considerada inaceitável e a categoria manteve a paralisação porque a luta é de todos e com todos. A tentativa do governo de divisão fracassou", conclui o texto.

O professor Gustavo Teixeira Araújo comentou o retorno às aulas com sentimento de vitória. A pedido do Site ele enviou uma mensagem de texto sobre estes dias parados por ele denominados "dias de angústia". "Depois de dias de angústia, a categoria se mobilizou e o pagamento foi efetuado. Retornaremos às atividades amanhã! Parabéns por todos que foram solidários e mantiveram unidos até agora! Aos que não se preocuparam com quem estava sem salário, só lamento! Espero que um dia descubram o que é companheirismo e solidariedade! Que o drama que os aposentados viveram este mês não se repita! Continuamos mobilizados, julho está chegando! Se necessário, paramos as atividades novamente! Sem salário, sem trabalho, Quem luta, educa!", completou.