O empresário cataguasense, Márcio Barbosa Silva Bissoli (foto abaixo), 50 anos, que ao lado do irmão Túlio, era o principal administrador do Grupo Bauminas, sediado em Cataguases, morreu na noite deste sábado, 17 de junho, em acidente com o helicóptero que viajava, modelo A1095, com capacidade para sete passageiros e foi fabricado pela Agusta A109 em 2010. O piloto, identificado como Luis Gustavo Araújo Soares, também não sobreviveu. A família de Márcio, confirmou sua morte ao Site e disse que neste momento não tem condições de se manifestar a respeito e que "talvez" o fará quando tiver mais detalhes do ocorrido. Ele deixa mãe, cinco irmãos e um filho.

Segundo informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, a aeronave em que Márcio viajava decolou de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, no final da tarde de sábado com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 19h30min quando o helicóptero caiu na zona rural de Espírito Santo do Dourado, próximo a Pouso Alegre, no Sul de Minas. O tenente Pedro Aihara, chefe de imprensa do Corpo de Bombeiros, disse que moradores próximos ao local da queda contaram que o helicóptero pegava fogo na parte de cima na hora da queda e que explodiu quando tocou o solo.

O último contato do piloto com a Central de Controle de Voo de Brasília (DF) foi informando problemas mecânicos e dificuldades para pouso. Ele não chegou a acionar o código de emergência porque, logo que declarou a situação, reportou que estava caindo e desapareceu do radar, segundo informação recebida pelo supervisor da região de São Paulo. As vítimas ainda não haviam sido localizadas até o fechamento desta matéria e o Centro Regional de Investigações e Prevenções de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) abriu investigações sobre o acidente. 

De acordo com o plano de voo, no helicóptero, estavam quatro pessoas. Segundo apurou a reportagem, duas delas teriam desembarcado mais cedo na cidade de Furnas (sul de minas) região onde Márcio tem um grande investimento. O helicóptero está registrado em nome do banco Bradesco (devido ao leasing da aeronave), mas era operado por uma empresa do grupo Bauminas. Apesar da aparente pane, tinha certificado de aeronavegabilidade com validade até 2022. A Inspeção Anual de Manutenção venceria no próximo mês.

Márcio Bissoli era dono de 18 empresas, sendo 16 em Minas Gerais. Uma delas, a Marplan atua no ramo de condomínios de altíssimo luxo. Um deles, o Green Harbour Fly-in Destiny, composto por dois condomínios no lago de Furnas reúne marina, pista de pouso, hotel, spa, quadras de golf e tênis em uma região deslumbrante. O conceito fly-in foi planejado para que donos de jatinhos possam pousar a aeronave quase ao lado da residência. Ele também tinha investimentos em São Paulo e na Bahia. (Fotos: Reprodução Corpo de Bombeiros e Jornal O Tempo)