Na quarta-feira, 02 de maio, a Câmara Municipal de Cataguases realizou uma Audiência Pública presidida pela vereadora Maria Ângela Girardi para debater o Projeto de Lei nº 22/2018, que trata da cessão em regime de Comodato para a Faculdade Sudamérica, das instalações e terreno onde funcionou o antigo Idaic, no bairro São Diniz em Cataguases. Além dos vereadores estiveram presentes o Secretário Municipal de Educação, José Fernando Antunes Milani, o diretor pedagógico da Faculdade Sudamérica, professor Alcino Leite Antonucci, entre outros convidados.

O tema tornou-se polêmico desde que chegou ao Legislativo para ser votado. Grupos favoráveis e contrários à cessão daquele espaço vêm travando uma batalha ideológica com forte contorno político partidário principalmente nas redes sociais, o palco preferido para a manifestação de ideias. Por conta disso, a Câmara decidiu promover esta Audiência Pública para reunir os que prós e contras ao projeto e assim, melhorar a proposta que está prevista para ser votada na próxima terça-feira, 08 de maio.

Depois de serem feitas diversas sugestões sobre como proceder a cessão do espaço para a Sudamérica, além de opiniões contrárias ao projeto, está praticamente definido que aquela Faculdade terá de entrar com uma contrapartida para receber o imóvel. Qual será, ainda não está claro, mas um dos projetos que já foi sugerido pela própria instituição de ensino é criar um espaço para a castração de animais de rua visto que o local será destinado para o funcionamento de Faculdade de Medicina Veterinária. Outra forma de compensação que ganhou força na audiência foi pavimentar todo o trecho do bairro São Diniz até o antigo Idaic.

Após quase três horas de debates e propostas, os vereadores Maria Ângela e Mauro Ruela, membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, solicitaram ao presidente daquela Casa, Michelângelo Correa, a realização de uma reunião com o prefeito Willian Lobo para tratar o tema. Espera-se que deste encontro saia uma definição sobre o assunto, especificamente, a respeito de qual será a contrapartida que caberá à Sudamérica. O contrato de comodato é pelo período de trinta anos. Nele deverão está previstos os casos que motivarão a retomada do imóvel antes do final do prazo.