Produtores do longa metragem "Arigó", juntamente com a direção do Polo Audiovisual da Zona da Mata, Fundação Ormeo Junqueira Botelho e Fábrica do Futuro, além do Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases, Fausto Menta, participaram de um encontro, no final da tarde desta quinta-feira, 29 de março, com a imprensa para falar sobre o início das filmagens, projetos do Polo e sua programação para este ano, além do patrocínio da Energisa em Cinema contribuindo para o fortalecimento da indústria do audiovisual na região.

Os produtores do filme, Roberto Dávila, da Moonshot Pictures, e Júlia Nogueira (foto ao final da matéria) da Camisa Listrada, que faz seu terceiro filme no Polo, além de Fábio Golombek (foto ao filnal da matéria) , da FJ Productions, detalharam sobre "Arigó". Mônica Botelho (foto), presidente do Polo e da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, acompanhada de César Piva, coordenador da Fábrica do Futuro e diretor executivo do Polo Audiovisual da Zona da Mata, abriu a conversa com os jornalistas explicando o início das negociações para a filmagem de "Arigó" em Cataguases e Rio Novo. Ela revelou que o Polo, hoje, é procurado para receber novas produções e que este ano vai sediar seis delas, algumas até simultâneas. Ela completou dizendo que isto é o resultado de 8 anos de intenso trabalho de divulgação do Polo. "Arigó é a maior produção que recebemos até hoje e marca um novo ciclo nesta história", frisou.

Roberto Dávila (foto ao lado) revelou seu contentamento com Cataguases onde "fomos muito bem recebidos e está tudo indo muito bem", salientou. Entre outros fatores, a escolha para filmar em Cataguases deveu-se também a arquitetura da cidade que mantém uma semelhança com a Belo Horizonte dos anos cinquenta. Com investimentos superiores a R$ 8 milhões, tendo como um dos patrocinadores a Energisa, o filme vai movimentar somente em Cataguases entre R$ 1,5 a R$ 2 milhões. 

Este montante, conforme César Piva (foto ao lado), gera um impacto "muito grande na economia porque para cada real investido retornam três, o que significa dizer que estes recursos vão representar para o município algo em torno de R$ 6 milhões. César Piva anunciou também as próximas produções do Polo Audiovisual. São elas: "Poropopó", que começa a ser rodado logo após o término de "Arigó", e em seguida é a vez do longa do renomado cineasta Ruy Guerra, "Palavras Queimadas". "Orfãos da Rainha" é mais um filme já agendado para ser feito na região de Cataguases e, por fim, a série "Azul Celeste" e o filme "A Queda" que ainda está sendo fechado juntamente com outras duas produções, concluiu Piva.

O Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Fausto Menta, disse que seu papel neste projeto audiovisual é dar o apoio necessário ao Polo para que ele possa se desenvolver e crescer como opção viável para a produção de cinema no Brasil. "Nós da prefeitura, temos total conhecimento de que o projeto do Polo Audiovisual é estratégico para a economia da cidade. Por isso procuro apoiar e tornar simples o relacionamento das produtoras com a cidade oferecendo facilidades como o fechamento de ruas, utilização dos espaços públicos entre outras demandas", citou elogiando em seguida o crescimento do Polo e a chegada de novas produções à cidade.

As filmagens de "Arigó" começaram dia 27 de março e terminam dia 06 de abril e são dirigidas por Gustavo Fernández, reconhecido por suas realizações na TV como a novela "Avenida Brasil", "Além do Horizonte" e a recente minissérie "Os dias eram assim". Durante o dia é possível ver a equipe trabalhando em diversos pontos da cidade. A produção conta com 120 profissionais diretos, além do elenco, totalizando uma média de 300 pessoas envolvidas diariamente com o filme, relata Roberto Dávila. Numa segunda etapa, a produção prossegue com locações em Rio Novo e em Congonhas, completa. 



Fábio Golombek


Júlia Nogueira