Mônica Botelho ao lado do diretor de Cinema Marcos Pimentel, coordenador do Projeto Usina Criativa de Cinema
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O Polo Audiovisual da Zona da Mata há dez anos em atividade é, hoje, uma opção concreta para produtores e diretores de cinema realizarem seus projetos. Presidido por Mônica Perez Botelho, acima de tudo, uma incontestável amante da chamada "sétima arte" e que busca conjuntamente o desenvolvimento desta região em que apostou para sediar esta iniciativa inédita, o Polo Audiovisual começa a colher os frutos ao receber em 2018, pela primeira vez, seis produções cinematográficas. Assim, alcança seu primeiro objetivo que é o de abrigar - ininterruptamente - futuros filmes, conforme revelou Mônica em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes.
Sob a chancela do patrocínio da Energisa, o Polo criou as condições para que produtores com boas histórias para contar ambientadas em cidades do interior, se sentissem cada vez mais atraídos para esta região de Cataguases, revela Mônica. O primeiro longa metragem rodado sob o selo do Polo só aconteceu em 2010; o sucesso "O Meu Pé de Laranja Lima". De lá pra cá o projeto foi crescendo e se estruturando, como conta Mônica Botelho, "com a ampliação dos recursos destinados a estas produções com o objetivo de conseguir ganhar uma regularidade e uma escala. Porque só isso que vai, realmente, traduzir em resultado permanente do ponto de vista econômico", revela citando em seguida a marca histórica que a instituição deve alcançar este ano acolhendo seis produções.
O primeiro da lista já está em fase de produção, é o filme "Arigó", que vai contar a vida do médium Zé Arigó. Recentemente ocorreu a seleção de elenco de apoio e figuração e este aspecto de empregabilidade é outra preocupação do Polo, conforme diz Mônica. "É importante que a pessoa aqui da cidade possa se empregar nos diversos filmes ao longo do ano inteiro. E que isso seja um estímulo para ele também buscar uma melhor formação na área para que possa investir naquilo que sabe fazer. Porque o Cinema paga bem porque é muito intensivo, são muitas horas de trabalho concentrado e dedicação muito exclusiva", explica a presidente do Polo Audiovisual.
Outro objetivo do Polo é construir estúdios para ampliar sua capacidade de atrair produções tornando-se desta forma, uma opção real para diretores que, mesmo não tendo uma história que se passa no interior, escolham a região para rodar seus filmes por causa da infraestrutura de qualidade oferecida, mão-de-obra e facilidade para trabalhar, comenta Mônica, que destaca: "O importante é a gente notar que estamos numa curva ascendente dentro do projeto. Seria chato se estivéssemos desanimados, né? Mas isso é fruto de muito trabalho, dedicação e muita gente envolvida. Há realmente uma costura institucional grande, parcerias sólidas, aposta da Energisa neste projeto que está investindo continuamente neste grupo de trabalho, porque os resultados não vêm de imediato, né?, mas as coisas são assim: construir uma dinâmica desta demora um certo tempo", detalha.
O Polo, hoje, movimenta uma fantástica roda de negócios em torno de cada produção cinematográfica, como hotelaria, restaurante, comércio em geral, além de cerca trinta profissionais cataguasenses e de um grupo de profissionais chamados "flutuantes" em decorrência da necessidade específica de cada filme, conta. Para facilitar ainda mais a relação do Polo com estes profissionais e as produções que aportarem por aqui, Mônica informa que vai iniciar em março uma campanha "forte" de criação do "GPS" - Guia de Profissionais e Serviços voltado para a área de cinema e que será disponibilizado no site do Polo Audiovisual. "Ali teremos o currículo do profissional com sua foto e todas as informações sobre as atividades que pode prestar. Desta forma ficará fácil para o produtor conhecer o melhor profissional para o seu projeto", revela Mônica. E finaliza: "A gente tem condição, em Cataguases, de conseguir um bom número de pessoas para trabalhar nas funções técnicas para ocupar cargos de assistente podendo crescer profissionalmente com o tempo dentro da hierarquia do cinema", assegura.
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