O encontro reuniu cerca de trinta e cinco prefeitos, além de agentes municipais e vereadores
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Cerca de 35 prefeitos da Zona da Mata e Vertentes, vice-prefeitos e vereadores de vários municípios da região estiveram em Cataguases na manhã desta sexta-feira, dia 23 de fevereiro, para a Ação Municipalista promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), realizada no Centro Cultural Humberto Mauro. O evento é parte de uma série de encontros que estão sendo realizados no país, em outros 79 municípios. No estado, o encontro tem ainda a parceria da Associação Mineira dos Municípios (AMM).
O Prefeito de Cataguases, William Lobo, abriu os trabalhos, ao lado dos demais integrantes da mesa de autoridades, Claudiomir José Martins Vieira, Prefeito de São Sebastião da Vargem Alegre e diretor regional da AMM; Soraia Vieira Queiroz, Prefeita de Guidoval; Michelangelo Melo Correa, presidente da Câmara Municipal de Cataguases; Ioannis Grammatikopoulos, o Grego, prefeito de Muriaé, e Gustavo de Lima Cezário, cataguasense e diretor executivo da CNM.
Em seu discurso, Willian citou, nominalmente, todos os prefeitos e vice-prefeitos presentes, agradecendo a presença e participação no encontro. Ele defendeu o fortalecimento do municipalismo para o enfretamento das dificuldades das cidades, lembrando que "em Minas Gerais estamos convivendo com atrasos do governo do estado nos repasses de receitas, como o IPVA e o ICMS, o que vem dificultando sensivelmente a nossa capacidade de honrar com nossos compromissos". O Prefeito lembrou também que os municípios deixaram de contar com cerca de R$ 2 bilhões de receita da União, prometidos pelo governo federal no ano passado, através da Lei de Repatriação.
O evento contou com a participação ao vivo do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, diretamente de Porto Alegre, através de videoconferência. Ele saudou os participantes do encontro de Cataguases e destacou a importância das ações municipalistas que estão acontecendo no país. "Que essa mensagem alcance a opinião pública. É natural que o cidadão cobre do prefeito por mais saúde e educação porque ele vive nas cidades. Mas cabe a nós expor essa dura realidade que enfrentamos, já que os municípios recebem cada vez menos recursos da União e dos estados e são obrigados a assumir cada vez mais compromissos", disse, defendendo o diálogo com as comunidades e a transparência como forma de atrair mais aliados em defesa das causas municipalistas.
Na sequência, o diretor executivo da CNM, Gustavo Cezário, lembrou as muitas responsabilidades e limites da atuação dos prefeitos, afirmando que "muitas vezes as pessoas criticam a velha política, mas a nova política não está prevista em lei, há limites para inovar a nossa estrutura legal que sustenta a velha política. Prefeito não pode atender a população em detrimento da previsão legal", disse. Ainda segundo ele, é urgente que os prefeitos se unam em torno da entidade para fortalecer as diversas demandas das cidades. Ao final, o consultor da CNM, Ângelo Roncalli (foto ao lado), apresentou uma palestra, mostrando as pautas mais urgentes dos municípios, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2015, que trata da atualização dos programas federais pelo índice oficial de inflação. Ele também fez um balanço das conquistas da Confederação em 2017, como a Medida Provisória que amplia em até 200 meses o parcelamento de dívidas dos municípios com o INSS, e convidou os participantes a estarem juntos com a entidade na XXI Marcha a Brasília, que acontece entre os dias 21 a 24 de maio.
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