Hospital também terá suas planilhas analisadas por técnicos do Ministério Público
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Uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 22 de fevereiro, na sede da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cataguases selou um acordo entre o Hospital de Cataguases e a Prefeitura referente ao reajuste no valor do repasse feito mensalmente àquela instituição como pagamento pelo serviços de Pronto-Socorro e de urgência e emergência. Após o pronunciamento do Provedor daquele Hospital, Wilsson Crepaldi Júnior, o Bill, na sessão ordinária da Câmara Municipal na última terça-feira, 20, que trouxe à tona suas dificuldades financeiras, o Ministério Público convocou a reunião para buscar uma solução alcançada após quase duas horas de encontro.
A partir de agora, a prefeitura assumiu o compromisso de pagar R$ 340 mil mensais ao hospital e renovar o contrato de prestação de serviços com aquela Santa Casa. Depois disso, o Promotor de Justiça que conduziu a reunião, Rodrigo Ferreira de Barros, disse que vai reunir os prefeitos dos municípios que utilizam os serviços daquele hospital para que também façam um repasse maior à instituição. Nesta questão a Diretora da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, Aline Santos Almeida, informou que "conversas" neste sentido já estão sendo tratadas com os prefeitos que, segundo ela, "entendem" a situação, mas só irão se posicionar após uma definição real da situação, informou.
O prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida (foto abaixo), comentou as dificuldades enfrentadas pelo município, afirmando em seguida entender a situação do Hospital, salientando não ter condição de atender o pleito de reajustar o repasse em mais de cem mil reais. Ele então ofereceu aumentar sua oferta inicial de R$ 20 mil para R$ 30 mil, totalizando um repasse de R$ 330 mil mensais. O Promotor, então, para forçar o acordo sugeriu que a prefeitura faça um repasse mensal de R$ 340 mil. O prefeito, após consultar seu secretário da Fazenda, Mauro Fachini, que estava na reunião, disse ser necessário aprovar na Câmara um remanejamento no orçamento. Cerca de dez vereadores estavam presentes e todos se comprometeram a aprovar a medida. Assim Willian concordou com a proposta do Promotor e Bill Crepaldi vai manter o Pronto-Socorro em funcionamento.
O diretor clínico do Hospital, médico João Sérgio Lougon Borges de Mattos, foi o primeiro a se pronunciar na reunião e anunciou que o Hospital estava entregando ao município o serviço de Pronto-Socorro por não ter condições financeiras para mantê-lo em funcionamento. Esta posição foi reforçada pelo Provedor Bill Crepaldi, diretor técnico, Nivaldo Gribel e o Tesoureiro, Renato Mariquito. A situação começou a reverter com as colocações do Promotor e de Aline Santos que pediu consenso e informou que sem a Rede de Urgência e Emergência em funcionamento o governo do Estado não tem interesse em manter o contrato com o Hospital. Ela também fez uma reflexão sobre a importância do papel da Rede para Cataguases, dizendo que se ela deixar de existir "ficaremos cada vez mais aquém de Muriaé e de Ubá".
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