Marun reiterou a disposição de honrar o compromisso firmado pelos municipalistas com o presidente da República, Michel Temer
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O calote dado pelo governo aos municípios neste fim de ano ainda repercute no país. Por conta disso, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reuniu-se com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, neste sábado, penúltino dia do ano para explicar a decisão do Governo Federal de adiar a transferência dos R$ 2 bilhões acordados como Auxílio Financeiro dos Municípios (AFM) de 2017. A reunião, que contou com a presença de prefeitos do Rio Grande do Sul, ocorreu na sede da Prefeitura de Capão da Canoa, no litoral gaúcho. Cataguases esperava receber quase R$ 754 mil do total destinado aos municípios.
Marun reiterou a disposição de honrar o compromisso firmado pelos municipalistas com o presidente da República, Michel Temer, durante a mobilização em Brasília realizada nos dias 21 e 22 de novembro. De acordo com o ministro "se não quiséssemos fazer o aporte, não teríamos nos comprometido", disse Marun aos prefeitos. Conforme o ministro, o Palácio do Planalto lamentou os transtornos provocados pelo impasse orçamentário, mas havia o risco de o Governo Federal cometer um crime de responsabilidade fiscal se não adiasse a transferência.
"Estamos constrangidos com o que aconteceu, mas garanto que vamos fazer este aporte", prometeu Marun. Na retomada dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, o texto da MP deverá ser analisado pelos congressistas, e o pagamento, garantido. O ministro evitou comprometer-se com um prazo, mas disse que em março o valor deve estar disponível. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, saudou a disposição do ministro de explicar pessoalmente a decisão do Governo Federal. "Queremos lealdade e que a palavra dada seja cumprida", disse Ziulkoski. "Fomos iludidos, ficou mal para todo mundo. Não estamos mendigando, estamos querendo um tratamento igual ao que é dado, por exemplo, aos Estados", disse. Marun, por sua vez finalizou: "Gostaria que esta reunião de hoje entendida como um gesto de diálogo e compromisso com a solução dos contratempos gerados." (Foto: Agência CNM)
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