Embora aumente as opções de crédito para o aposentado, a nova regra deve ser vista com cuidado, alertam especialistas
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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alterou a resolução que regulamenta a concessão de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. A mudança amplia de seis para nove a quantidade máxima de contratos ativos para empréstimo pessoal com desconto da prestação no benefício.
Não foi alterada, porém, a chamada margem consignável. Com isso, o aposentado continua podendo comprometer até 35% da renda com o consignado, sendo que 30% com o empréstimo comum e 5% com o cartão de credito, modalidade criada em 2015. Embora aumente as opções de crédito para o aposentado, a nova regra deve ser vista com cuidado, alertam especialistas.
Antes de fazer qualquer contrato de empréstimo e assumir uma dívida, o consumidor deve sempre analisar se realmente precisa daquele dinheiro. "Antes de fazer o empréstimo, o aposentado deve olhar seu orçamento e ver se não há outra solução, se existem gastos que podem ser reduzidos", afirma o educador financeiro José Vignoli, do SPC Brasil.
Apesar de ter uma taxa de juros menor – a taxa anual é de 28%, enquanto do cheque especial chega a 317% – direito no benefício do INSS. É preciso cuidado para não comprometer demais o orçamento com as parcelas e perder o controle das contas.
"Passar de 20% de comprometimento de renda já é um sinal amarelo, não vale a pena correr esse risco. As pessoas que ultrapassam esse limite têm mais chances de ficarem inadimplentes", alerta o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.
Segundo dados mais recentes do Banco Central, as famílias brasileiras tinham, em média 23% da renda comprometida com dívidas em agosto. Naquele mês, foram concedidos R$5 bilhões em crédito consignado aos beneficiários do INSS.
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