A água do manancial, que já teve mais de dois metros de profundidade, agora, não cobre os pés
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O agravamento da crise hídrica em Recreio (54 km de Cataguases) levou o prefeito Zé Maria Barros a decretar situação de "calamidade hídrica" no município (decreto n° 16/2017) por um prazo de 180 dias. Desde 2014, os problemas no abastecimento de água tem sido rotineiros. Este ano a estiagem está provocando o maior racionamento de água de sua história e obrigando a população a mudar seus hábitos.
Recreio é abastecido pela água de um manancial localizado na Serra das Virgens, a cerca de dois quilômetros da área urbana, que agoniza devido a falta de chuva. Funcionários do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Recreio (SAAE) estiveram no local na sexta-feira, 20 de outubro, e a água do reservatório mal cobria os seus pés. Em tempos de normalidade a profundidade chegava a mais de dois metros, disseram eles ao Site Polis.
Para tentar minimizar o problema o proprietário de um açude particular a aproximadamente seis quilômetros do manancial, autorizou sua abertura para que a água possa escoar até aquele reservatório contribuindo assim, para amenizar a situação da população. A abertura do açude aconteceu na tarde de sexta-feira, 20 de outubro. A expectativa era de que a maior parte da água liberada chegasse ao seu destino. Uma experiência anterior não foi bem sucedida, já que a água liberada não chegou ao manancial. Desta vez a iniciativa foi coordenada pela própria prefeitura.
Medidas adotadas
O prefeito de Recreio vem se mobilizando no sentido de atenuar os impactos provocados pela crise hídrica ao mesmo tempo em que busca uma solução para o problema que já se arrasta há três anos. Além de medidas administrativas como os decretos de "Situação de Emergência" e de "Calamidade Hídrica", Zé Maria já apresentou um projeto de perfuração de poços artesianos e melhoria no sistema de abastecimento do município à FUNASA - Fundação Nacional da Saúde - e ainda aguarda um posicionamento daquele órgão sobre o assunto. Além disso acionou a Defesa Civil do Estado de Minas Gerais para dar suporte à população, mas até o final de sexta-feira, ainda não havia obtido resposta. (Fotos: Site Pólis Recreio)
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