O Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Fausto Menta ao lado dos escritores Ronaldo Werneck e Joaquim Branco
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Os escritores cataguasenses, Joaquim Branco e Ronaldo Werneck, lançaram nesta noite de sábado, 09 de setembro, seus novos livros, "Refugiados" e "Sob o Signo do Imprevisto", respectivamente. A noite de autógrafos aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases, na Praça Chácara Dona Catarina, e reuniu grande público que veio prestigiar os dois renomados escritores que têm participação ativa na vida cultural da cidade.
O secretário Fausto Menta, de Cultura e Turismo, esteve no lançamento e elogiou os dois escritores. Para ele, Joaquim e Ronaldo "são incansáveis divulgadores de nossa cultura e permanecem muito ativos com produção de alta qualidade o que muito nos orgulha. Estes seus novos livros lançam uma nova visão sobre um ícone de nossa literatura, que é o escritor Rosáro Fusco e os poemas de Joaquim Branco mostram com maestria a realidade do mundo atual", analisou parabenizando os dois autores por terem escolhido a data de aniversário do município para lançarem suas obras. "Enriqueceram com isso a nossa programação de aniversário", afirmou Fausto.
Ronaldo Werneck falou um pouco sobre o livro ao Site do Marcelo Lopes. Segundo ele a obra retrata a sua amizade com Rosário Fusco. "É um livro de afeto, apesar de ter dados biográficos, mas são vários textos que escrevi sobre ele ao longo da vida; a reprodução da longa entrevista em "O Pasquim" (jornal alternativo de humor crítico que circulou no Brasil do final da década de 60 até início dos anos 90) que eu e o Joaquim Branco fizemos com ele em 76 e várias cartas que ele me mandou", revela. Ronaldo conviveu com Fusco durante os dez últimos anos da vida dele e, conforme explica, o livro busca resgatar a "força do intelectual e do romancista e da grande pessoa humana que era Rosário Fusco, além de limpar um pouco o folclore que havia do bêbado, do não sei o quê! O Fusco bebia, eu bebi muito com ele, mas não era só isso. E criou-se um folclore que de o Fusco andava bêbado pela rua e que tirava o robe e ficava nu. Não é nada disso! Eu procuro desmistificar isso mostrando a força da literatura dele", completa.
O livro de Joaquim Branco envereda pela poesia antenada com o mundo atual e tem forte caráter político e social. Ao Site, o poeta contou que ele traz seus últimos poemas onde "eu faço críticas e sugestões e dei onome de "Refugiados" porque é uma palavra muito ampla e serve para todo mundo. Você pode enfiar as carapuças em qualquer lugarde Refugiados", explicou. A obra traz poemas sobre, basicamente, estas pessoas que saem da África, atravessam o Mediterrâneo e e vêm naqueles barquinhos de 'papel' para chegar à Europa para se salvar da guerra. Uma guerra provocada pelos europeus e pelos americanos. Expulsaram os caras da terra deles por causa de petróleo. Isso é um absurdo! E mandei bala", afirma. Ele conta que são poemas contundentes e que trazem em si uma "tragicidade poética", acrescentando que sempre fez poemas com forte cunho social "desde a época dos poemas vanguarda", explicou.
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