O corpo foi encontrado com pesos para se manter no fundo do rio, próximo de um areal como o da foto acima. (Foto ilustrativa)
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Um crime com requintes de crueldade está intrigando a Polícia Civil em Cataguases. Vinte e quatro horas após a Polícia Militar encontrar o corpo mutilado de uma mulher embrulhado em um cobertor no rio Pomba, próximo de um areal na estrada que liga ao distrito de Aracati, ninguém apareceu na Delegacia de Cataguases para dar uma informação concreta sobre a vítima, conforme informou a delegada responsável pelo caso, Érica Nascimento Guedes. "O que sabemos até agora é apenas que ela tinha idade provável de 23 anos, usava uma blusa branca com rosto de onça e calça ou bermuda de lycra com estampa de oncinha", disse à reportagem do Site do Marcelo Lopes nesta tarde de quarta-feira, 16 de agosto.
A delegada analisa o caso cuidadosamente e diz acreditar que a vítima não seja da região. "Desde o dia em que o corpo embrulhado foi visto no areal (9 de agosto último) até hoje, é tempo suficiente para alguém reclamar o desaparecimento de uma pessoa" raciocina. Ela diz estar trabalhando com a hipótese de que a vítima estava desaparecida e faz uma procura minuciosa nos boletins de ocorrência (B.O.) de todas as cidades da região em busca de uma mulher com o que, supostamente, podem ser as afinidades com o corpo encontrado. "Já procurei em todas as cidades da comarca, agora estou olhando em Muriaé e depois Viçosa", lembrando que o trabalho é demorado porque precisa abrir cada B.O. sobre pessoas desaparecidas registrados nos últimos dias.
Enquanto isso, Érica Guedes, aguarda o resultado do exame de necropsia e o laudo da perícia técnica na esperança de que tragam informações valiosas para a elucidação do caso. O que intriga a delegada é a completa ausência de notícia sobre a vítima após tantos dias desaparecida. Outra hipótese provável, mas por enquanto descartada por ela, é a de que a mulher não estava desaparecida até ser morta com tamanha crueldade, já que o corpo encontrado no rio estava praticamente esquartejado. Essa hipótese e a outra que a Polícia Civil está seguindo nesta investigação, pelo tempo que provavelmente ocorreu o crime - cerca de sete dias, não justificam a inexistência de queixas sobre o seu desaparecimento. Este "silêncio" também reforça a possibilidade de a vítima ser de uma cidade distante de Cataguases, completa Érica.
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