O acidente aconteceu neste ponto de ônibus, na Vila Reis, sentido bairro-Centro
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Recuperam-se em casa as duas vítimas do atropelamento ocorrido na noite do dia 15 de julho, sábado, na Vila Reis, em Cataguases, conforme informou o vereador Henrique Thurran, que é irmão e tio delas. Segundo revelou, sua irmã, de 32 anos de idade, "ainda sente dores no corpo, está debilitada e muito chateada por não ter sido socorrida juntamente com a filha, pela pessoa que provocou o acidente". Já a menina, de apenas 9 anos de idade, ainda de acordo com ele, está bem fisicamente, mas "bastante assustada com tudo o que aconteceu e com medo de carros na rua", disse. Thurran diz ter consciência que foi um acidente "mas foi uma atitude desumana, porque errar todo mundo erra, mas omitir socorro, deixando as vítimas à mercê da própria sorte é desumano", salientou revoltado.
Sábado, 15 de julho, por volta das 20h30min, conforme o registro policial, um grupo de pessoas estava no ponto de ônibus localizado na altura do número 282, na Vila Reis, em frente a lanchonete do Serginho, quando foi surpreendido por um veículo preto, identificado como sendo um Ford Ecosport, sem controle, que subiu na calçada atropelando parte do grupo que ali estava. Em seguida, ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, deixou o local sem prestar socorro às vítimas. No trajeto, o Ecosport passou por uma guarnição da PM quando uma motociclista informou aos policiais que aquele veículo havia se envolvido em um atropelamento na Vila Reis. A viatura iniciou uma perseguição mas perdeu contato visual com o carro. Mesmo assim, os militares conseguiram chegar até a residência da proprietária do veículo que, no entanto, não atendeu a porta ao ser chamada.
O caso agora está nas mãos do delegado Marcelo Manna (foto), titular da Delegacia de Polícia de Cataguases, que abriu inquérito para apurar responsabilidades. Em entrevista ao Site do Marcelo Lopes ele fez questão de esclarecer que a condutora do Ecosport "não está foragida e, por isso, não está sendo procurada". Ele informou que na manhã desta segunda-feira, 18, advogados dela estiveram na delegacia dizendo que a cliente poderia prestar depoimento e demais esclarecimentos imediatamente. Ele, porém, disse que vai ouvi-la no momento oportuno acrescentando que "nesta fase precisamos ouvir primeiro as testemunhas e a vítima", esclareceu o delegado.
Marcelo explicou também sobre o crime praticado. "Ela cometeu uma infração ao artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro que é o de praticar lesão corporal culposa na direção de veículo, cuja pena é detenção de seis meses a dois anos ou a proibição de se obter a habilitação para dirigir. No caso, inicialmente, a pena poderá ser aumentada em um terço ou até a metade devido aos agravantes até agora observados, acrescentou.
A reportagem do Site entrou em contato com um dos advogados da condutora do Ecosport a fim de ouvir a versão dela, mas até o fechamento desta edição, ele não havia enviado os esclarecimentos.
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