A Mesa Diretora do Hospital explicou a perspectiva sobre o funcionamento do Instituto Oncológico em Cataguases e o futuro desse tipo de tratamento
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O funcionamento do Instituto Oncológico parece estar com os dias contados. Esta é a previsão da direção do Hospital de Cataguases diante da realidade imposta após auditoria realizada pelo DENASUS - Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - que determinou correções e atualizações nos procedimentos, equipamentos utilizados e em suas instalações físicas. Após esta inspeção, de acordo com a direção do Hospital, o Instituto se manifestou dizendo não ter mais interesse em continuar prestando o serviço de acordo com as orientações daquele órgão. Desta forma, conforme explicou nesta manhã de quinta-feira, 29 de junho, o Provedor da instituição, Wilson Crepaldi Júnior (foto), juntamente com os demais membros da Mesa Diretora, o impasse caminha para que o Hospital de Cataguases perca o credenciamento junto ao Ministério da Saúde por não ter condições de cumprir as exigências para a manutenção do serviço definidas por aquele órgão fiscalizador.
O Hospital de Cataguases é credenciado pelo Ministério da Saúde para prestar o serviço de oncologia no município. Porém, terceirizou o atendimento junto ao Instituto Oncológico de Juiz de Fora por se tratar de uma área altamente técnica e especializada que demanda investimento alto e, por isso, inviável para a realidade do Hospital de Cataguases. "Assim, à época, quinze anos atrás, optou-se por trazer para a cidade um prestador especializado que pudesse oferecer o serviço com excelência", explicou Maria Inês Bal Bianco (foto ao lado), administradora do Hospital, acrescentando que tentou sensibilizar o Instituto a manter o serviço, "sem sucesso". O descredenciamento por parte do Ministério da Saúde, é esperado segundo ela, devido ao fato de que o Hospital não tem condição de assumir o serviço.
- Tentamos de todas as formas possíveis manter este serviço que consideramos indispensável para a população, mas pela situação orçamentária, ficou inviável para o hospital assumir o Oncológico. A necessidade de formar uma nova equipe técnica multidisciplinar e adquirir novos equipamentos adequados, geralmente de custos elevados, inviabilizaram esta possibilidade, salientou a Administradora do Hospital que lembrou também outras dificuldades enfrentadas pela instituição. Maria Inês, no entanto, tranquilizou os 250 pacientes que são atendidos pelo Instituto Oncológico. Desde que o impasse foi criado, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Secretário Eliermes Teixeira (foto ao lado), a Gerência Regional de Saúde e o Hospital de Cataguases estão trabalhando juntos para remanejar os pacientes para outras cidades evitando assim a interrupção do tratamento. "Se, de fato ocorrer o descredenciamento, estes pacientes não ficarão desassistidos", completou.
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