Com um atraso que deverá chegar a dois anos até sua inauguração, prevista para acontecer em 2018, a Creche do Bairro Popular, que estava prevista para ser construída em dez meses, segue em obras, enfrentando as dificuldades agravadas pela crise na economia do país, resultando, entre outros problemas, atrasos longos e sistemáticos nos repasses dos pagamentos à construtora. Mesmo assim, a PMA Construtora, a empreiteira cataguasense que venceu a licitação para realizar a obra, vem cumprindo à risca o contrato e já realizou 83% do projeto, conforme revela seu sócio proprietário, Sílvio Ricardo Queiroz Pereira, na foto abaixo com seu sócio, Paulo Roberto de Souza, e a engenheira responsável pela obra, Elaine Guedes Justino.

O modelo de creche aprovado pelo governo federal para o local é o "Creche Pró-Infância Tipo 1" com capacidade para 390 alunos com idade de zero a cinco anos nos dois turnos, informa Sílvio. O local tem total infraestrututa para receber a criançada com refeitório, banheiros com chuveiros e salas amplas e arejadas em um projeto padrão que vem sendo implantado em todo o país, explica. Ele destaca o tipo de telha utilizada que possui uma camada isolante para minimizar os efeitos do calor, além da caixa d'água - uma gigantesca torre - com capacidade para 30 mil litros, para abastecer todo o imóvel. 

Para erguer este prédio a construtora cataguasense bateu o martelo em pouco mais de R$1.600.000,00, sendo a que ofereceu o melhor preço para sua execução. Desde então, revela Sílvio Ricardo, não houve aditivos ao contrato, mas será necessário, agora, fazer a atualização monetária dos valores contratuais devido ao grande atraso que a obra está sofrendo. Só para lembrar ele conta que na primeira vez que o governo federal interrompeu o pagamento da obra, demorou cinco meses para retomar seu compromisso com a empreiteira. "Na segunda vez que isso aconteceu, foi este ano, quando só efetuou o primeiro pagamento em maio", disse.

Para amenizar a situação a empreiteira tem contado com o apoio do prefeito Willian Lobo de Almeida, conta Sílvio Ricardo. Segundo ele, o chefe do executivo municipal sempre que solicitado intervém para que os repasses sejam regularizados. "Além disso, quando os recursos chegam são repassados imediatamente para a nossa empresa", destacou o empreiteiro. Outra boa notícia revelada por ele é que como a creche alcançou o mínimo de oitenta por cento das obras concluídas, a prefeitura está requisitando junto ao governo federal os móveis para o local, também sem custo para o município. Por fim, completa: "Estamos trabalhando determinados a inaugurar esta creche ano que vem", prevê.