José Roberto explica a situação atual da Cataguases de Papel aos vereadores
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A Câmara Municipal de Cataguases aprovou por unanimidade o reajuste salarial dos servidores do Legislativo ativos, inativos e pensionistas. Também na mesma sessão foi aprovado o projeto de lei que institui o diploma Aluno Nota 10, feita uma homenagem ao Secretário Municipal de Esportes, José Vítor Lima, pela realização do JIMI e um grupo de trabalhadores da Cataguases de Papel, que está fechada há mais de um ano, falou sobre a situação em que se encontra e pediu apoio aos vereadores.
O reajuste do salário dos servidores foi o último tema a ser tratado na sessão desta terça-feira, 20 de junho, mas foi aprovado por unanimidade e sem discussão pelos vereadores. Foram votados dois projetos de lei neste sentido. O primeiro regulamenta o índice de reajuste dos servidores da ativa que receberam 4,10% de reajuste. E o outro projeto de lei aumenta em 1,9% os salários destes mesmos servidores excluindo os cargos em comissão de Procurador do Legislativo e Diretor Administrativo. Este último percentual foi concedido, segundo a justificativa do projeto, a título de ganho real para os trabalhadores.
Outro projeto de lei aprovado por unanimidade foi o que institui o diploma Aluno Nota 10, de autoria do vereador Marcos da Costa Garcia, o Marquinhos do Açougue (foto ao lado). De acordo com o texto aprovado, o diploma será concedido ao final de cada ano para homenagear os estudantes do ensino fundamental da rede de ensino municipal que obtiverem os melhores resultados de suas médias, de acordo com o ano que estiver cursando, explicou Marquinhos. "Serão homenageados dois alunos queobtiverem a maior médida anual de cada escola e a entrega do diploma será realizada em sessão solene da Câmara", explicou o vereador. O objetivo da iniciativa, disse, é "incentivar o desenvolvimento dos alunos e seu interesse pelo conhecimento", revelou o vereador.
O Secretário Municipal de Esportes, José Vítor Lima, foi homenageado pela Mesa Diretora da Câmara com uma Moção de Congratulação pela realização do JIMI - Jogos do Interior de Minas Gerais. José Vítor, falou sobre a situação do setor no município informando que está investindo recursos do ICMS do Esporte e promovendo diversas atividades junto a população. Sobre o JIMI reiterou que Cataguases recebeu 23 municípios "o que significa mais de mil pessoas na cidade movimentando a nossa economia", salientou. Ele também disse que os Jogos geraram empregos temporários e "o que é mais importante: vimos garotos da periferia serem campeões e ostentarem uma medalha no peito, o que mostra que estamos no caminho certo", destacou. E finalizou dizendo: "Posso errar, mas vou buscar sempre o melhor para o nosso município".
Cataguases de Papel
A situação ainda sem solução para os trabalhadores da Indústria Cataguases de Papel foi um dos temas da sessão desta terça-feira. Alguns funcionários da empresa se revezaram ao microfone para falar a respeito da realidade e relatar o estado de penúria que estão vivendo com a fábrica fechada há mais de um ano e a situação trabalhista deles ainda em aberto porque o caso está na Justiça do Trabalho. Um deles chegou a dizer que há colegas passando fome. O que ficou claro no discurso dos trabalhadores é o desejo - urgente - do retorno das atividades da empresa através de novos administradores que eles, funcionários, também não escondem a preferência: um empresário de Ipatinga que administrou a fábrica por um ano em dez meses por meio de arrendamento.
José Roberto de Freitas Castro (foto acima), o primeiro a expor a realidade vivida pelos funcionários da empresa que está fechada, foi claro, franco e objetivo. "A situação está difícil tá todo mundo no sufoco, estamos no desespero" (sic), disse traduzindo o sentimento dos colegas que estão sem trabalhar desde o dia em que a fábrica fechou. Segundo José Roberto, a situação é grave, "a gente pensou em fazer até uma vigília na porta da fábrica para ver se agilizava nossa situação, mas vimos que não era esse o caminho e decidimos contar com a ajuda de vocês, vereadores", completou. Outros colegas dele também reiteraram seu discurso, contando episódios da empresa e casos que a teriam levado ao atual estágio de paralisação das atividades.
Ao final o presidente da Câmara, vereador Michelangelo Correa, criou uma comissão de vereadores formada por ele e seus pares Gilmar Canjica, Hercyl Neto e Rogério Ladeira para estudarem o caso com o objetivo de auxiliarem na solução deste caso. Os vereadores se mostraram sensíveis à situação e apresentaram sugestões em busca de solução para o problema. Os trabalhadores que compareceram à Câmara também revelaram uma preocupação com o estado de conservação do prédio e do maquinário da empresa que, segundo eles, está se deteriorando o que comprometeria, ainda conforme disseram, uma eventual retomada da produção da empresa em caso de uma bem sucedida negociação com novos administradores.
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