Em 14/06/2017 às 11h45 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Câmara aprova reajuste maior do ticket alimentação para seus servidores

Base do governo na Câmara queria manter o mesmo valor do Executivo, mas decisão não era consenso entre seus integrantes

Os servidores do Legislativo terão um reajuste maior no ticket alimentação, conforme resultado da votação realizada na sessão desta terça-feira

Os servidores do Legislativo terão um reajuste maior no ticket alimentação, conforme resultado da votação realizada na sessão desta terça-feira

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O presidente da Câmara Municipal de Cataguases, Michelangelo de Melo Correa, bem que se esforçou junto de seus pares para que o aumento do ticket alimentação dos servidores do Legislativo fosse o mesmo concedido aos do Executivo municipal, mas foi voto vencido. Ele defendeu sua posição durante toda a semana, inclusive em entrevistas à imprensa, mas não conseguiu convencer a maioria de seus pares que conceder um reajuste de 30 reais no benefício era suficiente para a categoria e, assim, o valor do ticket alimentação dos servidores da Câmara passa a ser de R$420,00, o que representa um aumento de cem reais no auxílio alimentação.

A votação aconteceu na sessão ordinária desta terça-feira, 13 de junho, em clima ameno. Quem atraiu os holofotes para si, porém, foi a advogada e servidora do Legislativo Municipal, Margareth Netto Gomes, por causa da contundente defesa que fez do reajuste do ticket alimentação para R$ 420,00. Em entrevista ao Site do Marcelo Lopes ela repetiu os argumentos que expôs aos vereadores, com clareza e objetividade. Antes, entretanto, disse entender "desnecessária a celeuma política criada entre Executivo e Legislativo acerca do valor diferenciado do ticket", explicando em seguida seus motivos:

- Primeiro porque o aumento distinto é perfeitamente legal, haja vista que são dois órgãos independentes, com orçamentos autônomos. Segundo, porque o aumento efetivo de R$101,50 está dentro da razoabilidade, nem é excessivo, nem irrisório, embora ainda esteja muito aquém do Judiciário, que é de quase mil reais, e aquém até mesmo da média nacional do custo de uma cesta básica, que está em 460 reais, segundo o DIEESE. E por fim, é necessário lembrar que o Legislativo possui lastro financeiro para tal aumento, cujo impacto mensal será menor que 4% na folha de pagamento com pessoal, argumentou. Ela conclui seu raciocínio dizendo que "o ganho (com o reajuste) está não só na valorização dos servidores, como no incremento da atividade comercial da cidade, que ganha com o aumento do poder de compra dos mesmos, que por tabela, promove uma maior arrecadação para o município, gerando um círculo virtuoso."

imageColocada em votação a proposta de iniciativa da Mesa Diretora da Casa, o texto foi aprovado com os votos favoráveis dos vereadores Maria Ângela Girardi, Sargento Jorge Roberto, Rogério Ladeira, Rafael Moreira, Betão do Areião, Paulo Milani, Ricardo Dias e Henrique Thurran. A surpresa da votação foi o voto contrário de Hercyl Neto (foto) que vinha defendendo o reajuste para os servidores do Executivo e Legislativo. Ouvido pela reportagem do Site, aquele vereador explicou seu voto: "Fui contrário porque a meu ver todos são servidores. Sou a favor de R$ 420,00 para Executivo e Legislativo, e por isso assinei as duas emendas, mas como não conseguimos aprovar no Executivo, optei por recuar na do Legislativo, mas vamos cobrar para subir a do Executivo", disse. Na próxima semana deverá ser votado o reajuste salarial dos servidores do Legislativo.
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Tags: ticket alimentação, Câmara Municipal, reajuste, aprovação





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