Esta manhã de sexta-feira, 31 de março, data que é lembrada pelo dia do Golpe Militar de 1964, foi marcada em Cataguases por uma manifestação promovida pelo Sind-UTE, Sindicato dos Bancários de Cataguases e Região e que contou com a participação do Sinserpu Cataguases e Região e de várias outras entidades classistas. O objetivo foi protestar contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista (contra a terceirização), conforme informou Rosani Brito, uma das coordenadoras do movimento vinculada ao Sind-UTE.

Por volta das 9 horas um grupo significativo de pessoas ocupava a praça e se preparava para iniciar a manifestação que consistiu, segundo informou Rosani Brito em concentração naquele local até por volta das 10 horas e depois o grupo saiu em passeata até a Praça Santa Rita onde faria um novo protesto em frente ao Paço Municipal e à Câmara Municipal contra as duas reformas em andamento no Congresso Nacional na tentativa de sensibilizar as autoridades sobre os prejuízos que estas alterações - caso aprovadas - trarão para o trabalhador e a sociedade como um todo, explicou Rosani, em entrevista exclusiva ao Site. Em seguida o grupo desceu para a Praça Chácara Dona Catarina onde encerrou a manifestação pacífica.

Nesta tarde, às 17h30min, informou a coordenadora, acontece movimento semelhante em Astolfo Dutra, que vai reunir trabalhadores de Dona Euzébia. De acordo com Rosani, os professores daquelas cidades é que estão organizando o protesto que vai contar com a presença dela e da coordenação do Sind-UTE de Cataguases. Ela aproveitou para anunciar que no dia 28 de abril nova manifestação como a ocorrida nesta manhã em Cataguases, voltará a acontecer na Praça Rui Barbosa. Ela encerrou conclamando a população a cerrar fileiras contra a reforma da Previdência e a Terceirização que conforme salienta "vão trazer prejuízos imensos a todos os trabalhadores deste país".

A terceirização é usada pelas grandes empresas para reduzir a folha de pagamento e tem impacto negativo para os trabalhadores, por isso é tão combatida pelos partidos não alinhados com o Governo. Isto porque ao ficar sob a responsabilidade de empresas menores, os funcionários são mais expostos a violações como exploração de trabalho análogo ao escravo, calotes de salários, riscos à sua saúde e jornadas excessivas. Um exemplo bem atual é o da Rússia, que há 20 anos liberou a terceirização, e agora, diante dos efeitos negativos, estuda reverter a decisão.