Jeferson, sua mãe, e seu outro animal de estimação atrás de onde foi enterrado o cachorro
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O dono do cachorro morto pelo policial na noite desta sexta-feira, 24 de fevereiro, na área do Colégio Cataguases, procurou o Site do Marcelo Lopes para, também, dar sua versão dos fatos. Após ler a Nota Oficial emitida pela PM publicada pelo Site, Jeferson Rodrigues Lopes, disse que o militar "não precisava ter matado o cachorro" e relatou o que considerou ter sido "desnecessário" e "exagerado".
Ainda emocionado e contrariado com o episódio, ele negou que o animal morto fosse violento ou bravo, mas admitiu que avançou sobre o policial, justificando, porém, que a reação do militar foi incompatível com a ação. "Bastava ter atirado para cima, já que ele quis usar sua arma, que o cachorro sairia correndo", comentou. Jeferson revelou também que o cão tinha entre sete e oito meses de idade e convivia diariamente naquele ambiente do Colégio Cataguases "que é repleto de crianças, por isso jamais seria um animal violento", ressaltou.
Sobre o episódio ele contou que estava com sua namorada na varanda da casa e a mãe dele na sala, quando escutaram um "estrondo muito grande, parecido com o de uma cabeça de nego vindo do meio do mato", a cerca de cem metros de sua casa, explicou. Ele olhou para ver o que havia acontecido e viu um policial saindo de lá perguntando "de quem é esse cachorro?", ouvindo como resposta que era dele o animal que estava se aproximando do militar. O policial então teria completado: "Não, estou querendo saber de quem é o cachorro que eu atirei na cabeça e matei." Jeferson disse não ter acreditado no que ouviu e respondeu: "Não, você não fez isso. E fui ver o cão que estava agonizando cheio de sangue... Eles não me deixaram prestar socorro à ele", narrou com voz embargada.
O animal ainda percorreu vários metros sangrando até cair morto atrás do prédio do colégio (foto ao lado) onde Jeferson o encontrou às 3h30min deste sábado. Além de ter perdido o seu animal de estimação, ele conta que foi obrigado a ir à Delegacia de Leopoldina juntamente com sua mãe, para prestar depoimento porque o policial o teria colocado, no boletim de Ocorrência, como responsável por abandono de animais, "ou algo parecido, eu não me lembro ao certo", explicou. Sobre o animal disse que ele nunca avançou em crianças aqui, se fosse assim já tinha relato lá na Polícia" completou, afirmando que o cachorro morto era dócil e de pequeno porte. "Pra mim essa atitude é uma barbárie. E foi a queima roupa", finaliza Jeferson que já entregou o caso para um advogado tomar as providências legais a respeito.
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