Download
A morte de um cachorro, a tiros, por um polícial militar na noite desta sexta-feira, 24 de fevereiro, despertou grande discussão nas redes sociais neste sábado. O assunto ganhou uma proporção tão grande que levou o comando daquela corporação a emitir uma Nota Oficial sobre o episódio, explicando os fatos e informando a respeito dos procedimentos que estão sendo adotados. O post que originou a polêmica já havia sido compartilhado 408 vezes, recebido mais de 570 curtidas e 294 comentários até o momento do fechamento desta matéria.
No texto a PM informa que a equipe de policiais foi até o Colégio Cataguases atender uma ocorrência de tráfico de drogas em que os envolvidos foram presos e lá foi "surpreendida por três cães que foram em sua direção". Diz a nota que o "registro do fato consta que os cães estavam raivosos e agressivos e investiram contra um dos policiais "que encurralado e para evitar ser atacado e mordido, alegando não haver outra alternativa de defesa, fez uso de sua arma de fogo causando a morte de um dos animais". A nota termina informando que já foi aberto o procedimento apuratório para elucidar os fatos.
O policial autor do disparo, tenente Thiago Lemes, também se manifestou em um grupo de uma rede social, onde contou sua versão dos fatos. Conforme revelou, ao chegar no Colégio Cataguases para combater um "possível tráfico de drogas" foi surpreendido "por três cachorros que começaram a me avançar onde corri, mas fui cercado e estava muito escuro...Tentei me desvencilhar espantando os animais mas foi em vão e a única ação possível por mim foi efetuar um disparo para não ser agredido pelos cachorros que não eram apenas um mas três em cima de mim", relatou o tenente.
Thiago reitera no seu texto no referido grupo de mensagens que "jamais quis atirar contra um cachorro e não faria isso se não fosse extremamente necessário, pela necessidade do momento, ainda mais que eu estava encurralado em um barranco. Sou a favor da vida, inclusive a dos animais, mas existem momentos que só quem passa que sabe (sic)", acrescentando nunca ter sido punido em seus onze anos de vida militar além de ter sido condecorado diversas vezes por serviços prestados naquela corporação.
Veja abaixo a Nota Oficial da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar sobre o episódio e logo abaixo, a íntegra da explicação do tenente Thiago Lemes sobre a morte do cachorro divulgada esta tarde em um grupo de uma rede social, a que o Site teve acesso.
NOTA A IMPRENSA
O comando da Polícia Militar de Cataguases informa que na data do dia 24 de fevereiro de 2017 foi registrado Boletim de Ocorrência noticiando que por volta das 21:20 horas, em atendimento a uma denúncia de que haviam pessoas fazendo uso de substância entorpecente nas dependências do Colégio Cataguases, que foram, inclusive, presos na ação, a equipe de policiais militares direcionada ao atendiento da ocorrência na citada escola foi surpreendida por 3 cães que foram em sua direção. Segundo o registro do fato os cães se encontravam raivosos e agressivos e investiram contra um dos policiais que, encurralado e para evitar ser atacado e mordido, alegando não haver outra alternativa de defesa, fez uso de sua arma de fogo causando a morte de um dos animais. O comando da Unidade da Polícia Militar já determinou a instauração do devido procedimento apuratório visando elucidar os fatos e as circunstâncias do ocorrido
"Senhores. Boa tarde.
O fato ocorreu comigo Tenente Thiago Lemes. Fui até a escola para combater um possível tráfico de drogas. Chegando lá eu fui surpreendido por Três cachorros que começaram me avançar onde corri mas fui cercado e estava muito escuro como é a escola a noite. Tentei me desvencilhar espantando os animais mas foi em vão e a única ação possível por mim foi efetuar um disparo para não ser agredido pelos cachorros que não era apenas um mas três em cima de mim.
Quem conhece o Tenente Thiago Lemes sabe como combato o CRIME e não me compactuo com covardia com indefesos. Todos que precisaram de mim sabe como ajo.
Jamais quis atirar contra um cachorro e não faria isso se não fosse extremamente necessário pela necessidade do momento ainda mais que eu estava encurralado em um barranco.
Sou a favor dá vida, e inclusive a dos animais mas existem momentos que só quem passa que sabe.
Muitos estão falando em redes sociais aí sem saberem do ocorrido e falando da minha conduta. Tenho 11 anos de polícia militar sem punições administrativas ou criminais e tenho mais de 100 serviços que fui condecorado pelos meus bons trabalhos.
No momento do fato a própria dona chamava os cachorros pra não me avançarem e eles não respeitaram nem a ordem dela.
Eis minha declaração sobre os fatos."
Ten. Thiago Lemes
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE