Vírginio Rios, ao centro, tendo a frente o Secretário de Cultura de Minas, Ângelo Oswaldo e o curador da mostra, Pedro Marcos de Oliveira
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Com as mãos Virgínio Rios imprime toda carga intensa do misto de benevolência e sofrimento que caracteriza as imagens santas. Em madeira, ele talha expressões faciais realísticas e também objetos com requinte de detalhes muito conhecidos do imaginário cristão. São esses marcantes trabalhos que estarão à mostra na exposição "Virgínio Rios - O Ofício da Madeira", no Centro de Arte Popular – Cemig, integrante do Circuito Liberdade, a partir desta sexta-feira (3). A mostra segue em cartaz até o dia 10 de março. A entrada é gratuita.
Cerca de 40 peças entre santos, oratórios, cruzeiros ornamentados,além de elementos do martírio da paixão de cristo,como a coroa de espinhos, os cravos, o chicote, o martelo, as lanças, a escada, o sudário, o cálice, a esponja, o saco de moedas fornecido a Judas integram a mostra do espaço integrante do Circuito Liberdade.
Para o curador da mostra, Pedro Marcos, que acompanha o trabalho de Virgínio Rios há anos e conhece bem sua trajetória artística, o santo do pau oco tem destaque devido a sua autenticidade e riqueza de características da peça. "Além de esteticamente muito bonita, é uma obra que representa um dos melhores exemplares desse personagem mítico de importância histórica".
Virgínio Rios mora numa comunidade rural chamada Glória, próxima da cidade de Cataguases e, do seu ofício de raizeiro, na produção de chás naturais, extrai também a matéria-prima de sua arte: a madeira.
Exerceu inúmeras atividades profissionais até se aposentar por invalidez, por uma distrofia muscular, como funcionário público há cerca de 40 anos. Foi nesta época que começou a trabalhar como artesão. (Fotos: Assessoria de Imprensa de Secretaria de Cultura de Minas Gerais e acervo Pedro Marcos de Oliveira)
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