A reunião tratou de diversos assuntos relevantes sobre a situação de Cataguases neste momento de transição
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Uma reunião inédita na história política de Cataguases aconteceu nesta manhã de quinta-feira, 12 de janeiro, no Plenário da Câmara Municipal de Cataguases. Ela envolveu o prefeito Willian Lobo de Almeida, o vice, Tita, todos os seus secretários e vereadores. O assunto foi a situação atual do municípío, as ações que estão sendo adotadas como prioritárias, parceria com o Poder Legislativo e trabalho em união visando construir uma cidade melhor, conforme salientou Michelangelo de Melo Correa, na abertura do evento, tendo suas palavras reforçadas em seguida pelo prefeito.
Michelangelo, ao abrir a reunião, destacou o seu caráter propositivo e de união com o Executivo "porque esta Legislatura, ao contrário da anterior, vai trabalhar unida com o Executivo em prol de Cataguases", salientou. Logo depois, quando voltou a usar a palavra, o presidente da Câmara Municipal aproveitou para revelar que já estuda devolver ao Executivo "pouco mais de oitenta mil reais no final deste mês, a título de sobras das despesas da Câmara" para serem destinados à saúde. Ele também revelou que não vai nomear todos os cargos comissionados do Legislativo para economizar recursos.
O prefeito Willian fez uma longa explanação a respeito da situação da prefeitura e chamou a atenção especialmente para a questão do pagamento dos servidores. Segundo ele até a última sexta-feira não havia dinheiro suficiente para o pagamento, mas agora há e um entrave no Banco do Brasil, que não existia até então, impede a transferência de recursos para a Caixa Econômica Federal. Mauro Fachini, Secretário de Fazenda detalhou o problema e revelou que a previsão para a sua solução está prevista para esta quinta-feira, acrescentando que não podia garantir que o prazo fosse cumprido porque depende exclusivamente daquele Banco.
Segundo Willian, "nós vamos deixar de pagar empresas, fornecedores e de realizar obras, mas vamos manter o salário do funcionalismo em dia", garantiu. Outro assunto que esclareceu em detalhes foi a situação da Policlínica. "Constatamos, através de técnicos, que o problema da Policlínica está na sua construção. Há um defeito no telhado que precisa ser refeito. Estamos vendo a possibilidade de uma empresa especializada em tetos fazer o conserto. Enquanto isso vamos adaptando o seu funcionamento em outros espaços, como, por exemplo, o antigo SUS e também no Centro Administrativo", disse. "É um momento em que precisamos de paciência até adequarmos tudo", frisou.
A situação financeira da prefeitura também foi um dos temas abordados. Willian disse que o momento é de economia. "Recebemos uma dívida de R$15,5 milhões segundo o Portal da Transparência, sendo que eu deixei R$ 5 milhões, de acordo com o mesmo Portal", afirmou. Por causa disso ele revelou ter cortado horas extras, viagens, e está fazendo um controle rigoroso nos gastos. "Vamos implantar, inclusive, um novo modelo de controle de combustível nos carros da prefeitura", contou. Haverá também rigor no cumprimento de horários por parte dos servidores. E por fim, falou das obras recebidas e que estão sendo tocadas com recursos do governo federal: A UPA e as duas creches, além dos campos nos distritos; "Todos estes empreendimentos, estão sendo continuados, mas as benfeitorias nos distritos carecem de um levantamento maior que estamos efetuando sobre repasse de recursos", explicou.
Secretários e vereadores fizeram várias colocações explicativas com participação mais ativa daqueles que se autodefiniram independentes. Rogério Ladeira, Hercyl Neto, Paulo Milani e Maria Angela Girardi, se posicionaram em favor de ações que vão beneficiar o município e negaram o rótulo de oposição. Rogério, inclusive, lembrou que o deputado que apoia, Renzo Braz, está liberando para Cataguases uma emenda parlamentar no valor de R$20 milhões de reais para serem usados em pavimentação. Segundo ele, os recursos deverão ser gastos em obras de prevenção de enchente. Já Maria Ângela quer mais atenção da Copasa com as obras que realiza na cidade; Hercyl contou sobre as reuniões que participa nos bairros e Paulo Milani lembrou que o posto de saúde da Pampulha precisa ser ampliado. Os secretários, por sua vez, fizeram esclarecimentos a respeito de suas pastas.
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