A Secretária de Saúde de Recreio, Gabriela de Paula, contou em detalhes a situação do setor no município
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Durante a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Recreio, realizada nesta quarta-feira, 11 janeiro, os vereadores votaram a aprovaram os projetos de lei enviados pelo executivo municipal. Mas o que o tomou conta da sessão foi a explanação feita pela Secretária Municipal de Saúde, Gabriela Helena de Paula, sobre a situação do setor no município. Ela citou informações e apresentou documentos que comprovam a situação caótica de uma das principais setores do Município.
Segundo Gabriela (foto abaixo) sua equipe vai aos poucos reestruturando o serviço, "mas, diante da situação do ato criminoso proporcionado pela gestão 2013/2016, de apagar programas essenciais para funcionamento do órgão, como o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – CNES e Boletim de Produção Ambulatorial – BPA, a plena atividade da Secretaria sofrerá um atraso irreparável", constatou, alertando os vereadores.
Ela mostrou documentos que comprovam consultas especializadas agendadas em meses de outubro, novembro e dezembro, ficaram "esquecidas" em gavetas, assim como, resultados de exames de pessoas em estado grave de saúde. "Cotas de exames para Fundação Cristiano Varella e de outros que seriam realizados em Leopoldina foram abandonados nos últimos meses de 2016 e a lista dos pacientes que usam medicamentos de alto custo financiados pela municipalidade por ordem judicial, simplesmente desapareceu", disse a secretária.
Uma das informações que deixou os vereadores mais preocupados foi quando Gabriela informou que "Recreio não consegue fazer um exame sequer através do Consórcio Intermunicipal de Saúde União da Mata – CISUM, por causa de débitos deixados pela gestão anterior do Município no valor aproximado de R$ 12 mil, referente a meses de 2016".
A cada fato novo descrito pela secretária sobre o caos na saúde os vereadores se mostravam perplexos mais perplexos. Ela revelou também que "a cidade poderá perder o recurso do PMAQ, que ajuda a equipar unidades de saúde e a valorizar os profissionais do programa Estratégia Saúde da Família, por causa do sumiço das atas do Conselho Municipal de Saúde". Além disso, explicou, em abril próximo, Recreio passará por uma avaliação do Ministério da Saúde e caso as unidades não estejam em conformidade com as exigências daquele órgão, "como atualmente não estão" frisou, o município deixará de ser contemplado com aquela verba, acrescentou. Por fim ela revelou também que o município tem uma verba aprovada no valor de R$200 mil para aquisição de equipamentos que corre o risco de não sair "porque necessitamos das atas aprovadas do Conselho Municipal de Saúde que sumiram", completou.
Preocupados com a situação revelada, os vereadores disseram estarem dispostos a colaborar com a Secretária no que for preciso para solucionar esta situação, afinal, disseram alguns vereadores, a saúde é o setor mais importante do município e todos temos que dar prioridade à ele.
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