O Projeto Castramor surgiu da vontade de Silvio Romero de proteger os animais de rua e do seu amor por eles
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Há dez anos envolvido diretamente com a causa dos animais e, de modo mais específico, com os cães, o advogado Sílvio Romero, criou há três meses um projeto inovador entre amigos e voluntários que tem por objetivo castrar cadelas de rua e assim conter a proliferação desses animais. Chamado "Castramor", a iniciativa estimula também a adoção dos cães de rua, conforme explica, e arrebanha participantes através da rede social Facebook que, segundo ele, tem contribuído significativamente para divulgar as causas daqueles que atuam em favor da causa dos animais.
Sílvio Romero diz acreditar existirem hoje abandonados nas ruas de Cataguases "entre cinco mil e seis mil cães, além daqueles que têm donos mas vivem nas ruas", disse. Esta população animal está sujeita a todo tipo de doença, está se reproduzindo e gera um problema social "porque torna a cidade feia com as ruas abarrotadas de cães doentes e sujos, prejudicando até aqueles que tem seu cachorro e quer passear com ele e gera este problema de transmissão de doença", conta o advogado, lembrando ainda que estes animais reviram lixo e podem entrar nas casas das pessoas criando outros problemas. Na foto ao lado ele segura nos braços,"Bolinha", que foi resgatada no bairro São Vicente, com a metade do peso atual, passou pela castração e hoje foi adotada por ele.
Para tentar reverter esta realidade e reduzir a população de cães de rua na cidade, ele criou este Projeto Castramor que surgiu de forma incipiente (cuja forma e nome surgiram agora, em outubro, quando o projeto tomou corpo), através de amigos no Facebook que também gostam, como ele, de cuidar de animais e passaram então a tratar de animais feridos por meio de cotização e até mesmo levando a um veterinário quando era necessário. Foi assim que percebeu a grande quantidade de cachorros de rua e de filhotes na cidade. Assustado com aquela realidade pensou como poderia resolver aquela situação, revelou, quando e teve a ideia de divulgar no Facebook esta realidade e convidar as pessoas a fazerem uma corrente para a gente castrar pelo menos duas cadelas de rua por semana. "Para minha surpresa em menos de uma semana nós conseguimos reunir mais de 500 pessoas neste projeto", disse.
Sílvio conta que no dia 4 de outubro o "Castramor" começou efetivamente suas atividades castrando a primeira cadela, a "Branquinha", que foi encontrada na Praça de Esportes, e uma outra,"amarelinha", que ficava na Policlínica. "Nós divulgamos fotos deste trabalho e continuamos atuando e, assim, mais pessoas foram entrando no projeto, inclusive, fizemos uma parceria com o doutor Matheus, da Clínica Saúde Animal Veterinária, que além de ser um excelente profissional, abriu as portas da clínica para fazer esta parceria com a gente", conta o advogado. A partir daí, o projeto tem feito duas castrações por semana "às vezes três", informa Sílvio. Até o dia 22 de dezembro, data da última cirurgia, o projeto já havia castrado 23 cadelas, sendo que algumas delas receberam tratamento por outras doenças antes de passarem pela cirurgia e 80% desses animais foram adotadas após o procedimento, acrescentou.
Hoje mais de quinhentas pessoas contribuem com o "Castramor", revela Sílvio. As doações são livres e não há valor mínimo. Os interessados em participar serão muito bem-vindos, diz o organizador do grupo, que avisa para entrarem em contato com ele através do Facebook, onde poderá sanar eventuais dúvidas, inclusive, sobre como fazer doações e para adoção de animais. "Nossa meta é ampliar essa rede e aumentar o número de castrações", conta. Para isso pretende sensibilizar o prefeito e também empresas e, para o futuro, talvez criar uma ONG - Organização Não Governamental - para cuidar especificamente desta atividade, revelou.
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