Os diversos problemas enfrentados pela saúde pública em Cataguases foram abordados nesta Audiência Pública, até o funcionamento da UPA e do Oncológico
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Uma Audiência Pública sobre o serviço de Urgência e Emergência realizado pelo Hospital de Cataguases foi realizada nesta terça-feira, 13 de dezembro, no anfiteatro da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases (SMCC). O evento foi presidido pelo Deputado Estadual Arlem Santiago, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e foi pleiteado pela própria entidade classista inicialmente para tratar sobre atraso no pagamento de salário aos médicos, mas o problema foi contornado há poucos dias. Outros assuntos referentes ao Hospital foram abordados, inclusive sobre o serviço de Oncologia que, conforme tornou público o prefeito eleito, Willian Lobo de Almeida, corre o risco de ser descontinuado em Cataguases. A médica e vereadora eleita, Maria Ângela Girardi, entre outros convidados, participaram da Audiência.
O provedor do Hospital, Wilson Crepaldi Júnior, o Bil (foto), fez um desabafo em seu pronunciamento e criticou a realização de uma Audiência Pública para tratar de um assunto que considera ser de interesse "restrito" da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases e do Hospital de Cataguases, salientando "não há um atraso no pagamento de salário de vários meses", destacou. Bil criticou não ter sido informado pela entidade classista sobre a realização do evento, muito menos sobre sua pauta. Disse que um assessor lhe telefonou para informá-lo a respeito da Audiência e ficou surpreso ao saber que o motivo não era por causa do centenário do Hospital. Citou as dificuldades que vem enfrentando com a falta de recursos e o déficit de R$80 mil mensais oriundo do Pronto-Socorro. Além disso lembrou ter assumido em tempo recorde os pacientes do Pronto Cordis e os do Hospital de Astolfo Dutra, quando ambos fecharam suas portas.
Sobre o tema Urgência e Emergência e a situação dos médicos que atuam neste setor do Hospital, o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases, Joseph Freire (foto), disse que apesar do assunto pagamento de salário ter sido resolvido "é necessário discutirmos o reajuste do plantão dos médicos que trabalham nesta rede, vinculo empregatício entre outros temas relevantes para a categoria. Precisamos de um acordo urgente neste sentido", completou. O presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira, buscou o consenso e disse que a hora "é de buscar soluções e não de culpados. Temos que juntar as competências reunidas e encontrar as soluções nas quais a Sociedade de Medicina de Cataguases se propõe a contribuir", ponderou.
O prefeito eleito, Willian Lobo (foto) trouxe para a discussão dois assuntos relevantes: o possível descredenciamento do Oncológico em Cataguases e a possibilidade de dar às UPA's já construídas pelo país afora outra finalidade visto que sua manutenção demanda muitos recursos e profissionais qualificados. A respeito do Oncológico ele foi contestado por Aline Santos de Almeida, gerente regional de Saúde de Leopoldina, que disse desconhecer movimentação neste sentido. Mesmo assim os presentes aprovaram por unanimidade um Requerimento que será votado na Sessão da Assembleia desta quarta-feira, 14, contrário a sua descontinuidade no município. Sobre a UPA, não se chegou a um consenso sobre como proceder, mas há vários municípios buscando soluções próprias, disse o deputado Arlem Santiago acrescentando ter esperanças de que em breve haverá uma solução de consenso sobre o assunto.
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