A situação da Policlínica estava sendo resolvida na base do improviso e piorava a cada chuva.
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Interditada pela Defesa Civil de Cataguases no dia 30 de novembro e fechada ao público efetivamente desde a última quarta-feira, 7, devido a infiltrações em sua estrutura, a Policlínica Municipal não tem data para ser reaberta. Nesta tarde, o Secretário Municipal de Saúde, Celso Benjamim Filho, disse à reportagem do Site do Marcelo Lopes que alguns serviços voltarão a funcionar na próxima quarta-feira, dia 14, no Centro Administrativo Municipal (antigo Pronto Cordis).
Vários usuários dos serviços reclamaram junto ao Site sobre a interdição daquele estabelecimento criticando a interrupção na prestação dos serviços. A grande maioria dos leitores critica o fechamento das duas farmácias que lá funcionam onde são fornecidos medicamentos de uso contínuo para muitos pacientes. Diabéticos, em sua maioria, mandaram mensagens ao site comentando a situação crítica em que se encontram para obterem insulina, medicamento essencial para sobrevivência deles.
Uma dessas pacientes, A.M., escreveu ter ido três vezes à Policlínica para buscar insulina desde seu fechamento, a última na manhã desta segunda-feira, em vão. Segundo ela, o problema é anterior à interdição do local. Conforme revelou, há três meses lhe fornecem apenas insulina sem as paletas (que teve de comprar do próprio bolso) e necessita medir sua glicose três vezes ao dia. Outro parente de um paciente acamado vai à Policlínica diariamente com uma receita em mãos para buscar o medicamento de seu pai doente há mais de cinco anos e desde então não consegue o remédio.
A partir desta quarta-feira, Celsinho disse que este problema e outros deixarão deexistir. As duas farmácias, o Programa de Acompanhamento de Gestantes, os Serviços de Teste do Pezinho e de Vacinas voltarão a funcionar normalmente no Centro Administrativo, no antigo Pronto Cordis. "Estamos finalizando as obras de adaptação no prédio para receber estes serviços essenciais e a população voltará a ser atendida normalmente a partir de quarta-feira", garantiu o Secretário de Saúde. Ele reconhece o transtorno que a interrupção no atendimento causa, mas disse que desde então está mobilizado para solucionar o problema.
SOCORRO - Inaugurada há oito anos a Policlínica Municipal pede socorro. A reportagem do Site percorreu suas dependências recentemente e pôde constatar o seu estado precário de conservação. O laudo de interdição da Defesa Civil aponta problema de infiltração de água da chuva pelo telhado e o escoamento dela para um ponto central no meio das telhas onde há uma calha e sugere que esta canalização seja feita por outro local. Interditar aquele estabelecimento, porém, tornou-se um problema ainda maior para a Administração que até agora não conseguiu equalizar o atendimento e os serviços ali prestados em outro endereço.
Quem andar pela Policlínica nestes dias de chuva verá que a situação é pior do que se imagina, e vai ter que se desviar de baldes no chão que estão lá aparando goteiras e dos muitos pingos d'água que vem do teto. Há infiltrações em praticamente todos os cômodos e corredores. Em uma das salas, utilizadas pelos funcionários para fazer lanches e pequenas refeições, a situação é ainda mais crítica: Foi feita uma gambiarra no teto com um balde aparando a goteira e dele sai um cano até a janela escoando a água. Há uma rachadura considerável em parte do piso, mato nos vãos livres, as cadeiras da sala de espera estão em péssimas condições de uso e o até pouco tempo atrás o concorrido anfiteatro está fechado exatamente por não ter mais condição de uso.
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