Chinês ministra aulas em academias, associações de moradores e escolas da cidade, além de desenvolver projetos sociais no Instituto Francisca de Souza Peixoto
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O capoeirista cataguasense Maycon Vilela Alves, mais conhecido pelo apelido "Chinês", 28 anos, vai participar no Chile, de 8 a 11 de dezembro, na capital Santiago, de um evento de mudança de corda – uma espécie de formatura ou graduação dos praticantes da Capoeira. Satisfeito pelo convite feito pela instituição chilena, ele conta que o esporte chegou em sua vida há 14 anos, quando participava de um projeto social que era realizado no antigo CTM (Centro de Tradições Mineiras).
Desde então, ele vem se dedicando à prática desta modalidade, definida por muitos como uma mistura de esporte, luta e dança, ou mais precisamente uma expressão cultural que veio para o Brasil com os escravos africanos e aqui teve grande aceitação e expressiva participação popular.
Atualmente, Chinês (foto abaixo) atingiu o grau de instrutor de capoeira, foi vice-campeão mineiro e campeão brasileiro este ano na modalidade, dentro da sua graduação. Ele também ministra aulas em academias, associações de moradores e escolas da cidade, além de desenvolver projetos sociais no Instituto Francisca de Souza Peixoto, e outro, de iniciativa própria, nos bairros São Diniz e São Marcos, que envolve 60 crianças e adolescentes, numa iniciativa que, segundo, ele é educativa e vem revelando vários talentos.
"São crianças e jovens que têm na Capoeira a oportunidade de crescer como seres humanos, uma vez que esta modalidade acrescenta uma série de valores a seus praticantes, como disciplina, organização, superação, entre muitas outras. O projeto, que se chama ‘Bom capoeirista é cidadão consciente’ também tem revelado talentos, que demonstram que podem chegar a me superar, o que me enche de orgulho", conta o instrutor. Segundo ele, o projeto é sustentado com doações de pessoas amigas e vai receber a partir de agora o patrocínio da Drogaria Econômica, mas a maioria das despesas necessárias, como cordas, camisetas, passeios com os alunos, entre outras, são custeadas por ele.
É neste sentido que Chinês pede o apoio do empresariado local. "O projeto objetiva, através da Capoeira, formar cidadãos e abrir os horizontes destas crianças e jovens para que eles utilizem o seu potencial para superar suas dificuldades e crescerem em suas vidas, seja pelo estudo, esporte ou mesmo pelo aprimoramento na capoeira. Com o apoio da nossa comunidade, dos empresários de nossa cidade, podemos formar verdadeiros cidadãos no futuro, o que beneficia a todos", explica, acrescentando que pretende criar um carnê para quem se interessar em apoiar o projeto financeiramente. (Fotos: Cristina Quirino e arquivo pessoal)
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