Especialistas e o próprio Ministério da Saúde estão prevendo maior número de casos da doença a partir de 2017 na região
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Minas Gerais tem 80 municípios em situação de alerta ou de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, maior número da Região Sudeste, perdendo apenas para cidades do Nordeste e Norte do país. Cataguases, Leopoldina, Muriaé, Além Paraíba, Visconde do Rio Branco, e Juiz de Fora, estão nesta lista. Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) de 2016, divulgados nesta quinta-feira, 24 de novembro, pelo Ministério da Saúde, que mostram ainda o avanço da febre chikungunya em todo o país.
O ministro da Saúde, disse que espera uma estabilidade nos casos de dengue e zika, mas um aumento no número de diagnóstico de febre chikungunya. O aumento de casos era previsto, uma vez que a chikungunya é uma doença recente (identificada pela primeira vez no Brasil em 2014) e, por isso, a população está mais suscetível. A pasta trabalha com a possibilidade de que ocorra um aumento no número de casos nos próximos meses em alguns estados não afetados pela doença, devido à suscetibilidade da população ainda não exposta ao vírus e às condições climáticas favoráveis, como o calor e as chuvas, condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti.
Diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, o médico Carlos Starling acredita que a chikungunya deve ser o grande problema do ano que vem. "A mistura de casos numa região e Liraa alto tornam iminente a possibilidade de a doença aparecer mais", diz. "Minas tem menos registros que no restante do país porque a doença ainda está chegando, é o tempo de instalação dela. A dengue também chegou de forma lenta e, no início dos anos 1980, alertamos sobre a epidemia e que estávamos diante de uma perspectiva muito ruim, como agora", acrescenta.
Causada pelo vírus CHIKV, a febre chikungunya se parece com a dengue. Na fase aguda, o principal sintoma é febre alta, que aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
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