Os candidatos responderam às perguntas e mantiveram a cordialidade entre si durante todo o debate
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Os candidatos a prefeito de Cataguases participaram na tarde desta segunda-feira, 26 de setembro, de um debate técnico no Centro Cultural Humberto Mauro, promovido pelas empresas Energisa, Bauminas, Sicoob Coopemata, Supermercado Morais e Zollern. Elas patrocinaram um minucioso diagnóstico sobre o município que foi realizado pela Fundação Dom Cabral que buscou conhecer a Cataguases que temos hoje para saber que cidade queremos no futuro. O evento, começou às 15 horas e terminou pouco depois das 18 horas, quando foram abordados dez temas municipais, com destaque para a cordialidade entre os participantes e a superificialidade com que os temas foram tratados, segundo apontaram Eduardo Mantovani, presidente da Energisa, e Pedro Paulo, diretor da Zollern.
Mediado pelo professor Fernando Gilberti (foto), que participou dos trabalhos da Fundação Dom Cabral, o debate foi aberto pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Cataguases, Ricardo Mattos, que explicou o trabalho da Dom Cabral. "Esta instituição reconhecida internacionalmente, realizou pesquisas e entrevistas de campo com representantes de diversas áreas e destacou dez políticas públicas que serão aqui debatidas por nossos candidatos a prefeito", explicou. Ele também informou que todos os candidatos responderam a um questionário com base neste diagnóstico cujas respostas já estão disponíveis no site www.cataguases.net.
Cada um dos candidatos Antônio Hulk, Antônio Lage, Cesinha Samor, Fernando Pacheco e Willian Lobo tiveram que responder a uma mesma pergunta sobre o mesmo tema. Os dez assuntos tratados no debate foram os seguintes: Educação, Saúde, Transporte, Infraestrutura, Cultura e Turismo, Gestão, Segurança Pública, Esporte e Lazer, Assistência Social e Trabalho. Não houve réplica nem tréplica e cada candidato teve dois minutos e meio para dar sua resposta e não foi permitido citar ou referir-se a nenhum outro concorrente. Todos os participantes seguiram à risca as regras do debate, exceto Hulk que num determinado momento começou a desenrolar um banner em sua resposta, mas foi impedido pelo mediador, já que à eles era permitido apenas falar sobre suas propostas.
As respostas dos candidatos sobre os temas não fugiram do que vêm falando em seus comícios e programas eleitorais no rádio. Sem novidades, a surpresa ficou para o final quando o mediador deu um tempo curto para que falassem sobre se pretendem alterar a lei que regulamenta obras no município. O objetivo era saber se algum deles pretende mexer na área tombada pelo IPHAN e o candidato Antônio Lage disse que deve rever esse assunto por entender que o município está perdendo recursos da forma que está. Willian Lobo de Almeida disse que pretende conversar com aquele órgão, mas quer respeitar o tombamento. Já Cesinha seguiu a mesma linha de raciocínio de seu adversário e antecessor, garantindo que o tombamento é uma riqueza do município. Fernando Pacheco garantiu que pretende preservar a poligonal histórica e fazer um novo plano diretor que está defasado e, por fim, Antônio Hulk, afirmou que o problema está na circulação de ar entre os prédios e que o ideal seria construção sobre pilotis.
Após o evento a reportagem do Site do Marcelo Lopes pediu a alguns dos organizadores que fizessem uma avaliação do debate. Veja abaixo a opinião de cada um deles.
Pedro Paulo Araújo Almeida (Zollern) - O lado positivo foi a cordialidade entre eles. A oportunidade deles apresentarem suas propostas e o que fica entre nós aqui é que a gente espera que qualquer um deles que seja eleito, venha usar este trabalho que foi feito com muita profundidade e muita seridade por um órgão de muita competência. Eu fiquei um pouco decepcionado com a falta de proposta de curto prazo. Eu acho que eles precisavam ser mais objetivos, mas aí a gente entende até a necessidade de, no final da campanha, o cara não se expor muito. É perfeitamente entendido, mas deram um parecer do que podem vir a fazer.
Camilo Cristóvão Vicente (Sicoob Coopemata) - Debate de alto nível. A gente ficou encantado com os cinco candidatos. Não houve nenhuma agressão, foi um debate interessantíssimo e muito valioso para Cataguases. Quem esteve aqui participando são formadores de opinião e, portanto, saem mais opiniões sobre os cinco debatedores. É Cataguases se organizando para ter uma política de fato limpae a gente avançar no cenário nacional que é o mais importante, pois o que queremos é uma Cataguases melhor para todos.
Eduardo Mantovani (Energisa) - Fiquei muito satisfeito porque é uma primeira oportunidade que foi dada para Cataguases para se fazer uma avaliação dos candidatos que se colocaram à disposição da comunidade para ser apreciados e votados. Acho que foi um trabalho bastante profissional porque não teve nenhuma agressão pessoal. Cada um procurou colocar suas propostas. Obviamente que o anseio da comunidade é esperar que as propostas sejam um pouco mais profundas e um pouco mais pautadas de onde vão ser tirados os recursos, como é que vão ser alicados e em que prazo. Mas a gente sabe que num momento deste, muitas vezes os candidatos procuram não se comprometer com tal profundidade porque o conhecimento da economia, das finanças da prefeitura não são tão profundas e evita-se falar em choque de gestão porque pode até prejudicar a própria candidatura. Mas acho que foi muito bom. Eu fiquei muito satisfeito com o público, a casa esteve praticamente lotada por formadores de opinião que podem ajudar agora neste curto espaço de tempo a comunidade a ter a melhor escolha para Cataguases. A cidade precisa realmente de uma movimentação um pouco mais dinâmica para retomar o destaque que ela sempre teve aqui na Zona da Mata.
Veja na galeria abaixo fotos do debate.
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