Por votação unânime dos presentes à assembleia foi aprovada a greve da categoria
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Os bancários de Cataguases e região decidiram em assembleia geral realizada na sede da entidade no começo da noite desta segunda-feira, 5 de setembro, entrar em greve à zero hora desta terça-feira, 6, seguindo orientação nacional da categoria. O Site do Marcelo Lopes já havia divulgado no sábado, 3, a tendência da direção do sindicato no município pelo movimento paredista, agora confirmado por votação unânime dos presentes.
Segndo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro - Contraf - o contrário da situação do país, no primeiro semestre deste ano o lucro dos cinco maiores bancos do Brasil (Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) foi de R$29,7 bilhões. Ainda segundo aquela entidade a tarifa cobrada dos clientes por estes bancos continua aumentando. Com isso estes mesmos cinco bancos arrecadaram R$26,6 bilhões nesse período, afirma a Contraf.
Com o tema "Só a luta de garante", os bancários param a partir desta terça-feira por falta de uma proposta decente por parte dos banqueiros, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Cataguases e Região, José Antônio Silva. "Eles ofereceram um reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período", afirmou o presidente, lembrando que se a cagegoria aceitasse esta oferta patronal assumiria "perdas salariais de no mínimo 2,8%", explicou.
José Antônio (foto) lembra que os bancários convivem com um ambiente de trabalho adoecedor, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas de produção inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e de sequestros e tendo de dar conta de inúmeras tarefas. Ele lembra a última estatística divulgada pelo INSS, entre janeiro e março do ano passado: "4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico", disse.
Veja abaixo as principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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