Em 19/08/2016 às 12h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Setor de Vestuário aposta em final de ano para recuperar mercado em Muriaé

Empresários do setor de Vestuário em Muriaé, acreditam que o final do ano dará um impulso nas vendas

Empresários do setor de Vestuário em Muriaé, acreditam que o final do ano dará um impulso nas vendas

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Muriaé (64 km de Cataguases) é referência na indústria de vestuário na região,  mas desde 2015 sofre com a crise econômica nacional refletindo na produção e venda de materiais e em um salto no número de demissões. Para recuperar o prejuízo acumulado nos últimos meses, os empresários estão ansiosos pela chegada do período final de 2016, em que historicamente há recuperação de mercado.

Nos últimos 12 meses, 30 confecções foram fechadas na cidade e outras 424 estão funcionando com quadro reduzido. Ao todo, cerca de 850 pessoas perderam empregos na área. Para as fábricas de roupas íntimas, o rombo é ainda maior – o índice de demissões chega a 80%, número que ultrapassa 300 funcionários, segundo o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindivest).

O proprietário de uma delas, José Adelmo Pinheiro, precisou vender parte do imóvel onde a empresa funciona para se manter no mercado. "Para fazer a rescisão dos funcionários, precisamos vender metade do prédio. O espaço que a gente tinha de quase 3.600 metros quadrados foi reduzido", disse. Ele acredita, no entanto, na recuperação do mercado. "As empresas passaram por muitas dificuldades e ainda vão passar, mas todo final de ano vende e tomara que a gente consiga respirar para poder enfrentar mais um ano", aposta.

O empresário Carlos Magnno de Oliveira foi um dos que sofreram com a crise, mas já pensa em contratar novos funcionários. "A indústria é a primeira que sofre em qualquer momento de crise, porque o lojista tem seu estoque regulador, fica com medo de a mercadoria não girar, de não ter venda e freia as compras. Mas na recuperação a indústria também é a primeira, então tem esse lado positivo", apostou.

Ele chama atenção, no entanto, para a falta de qualificação de mão de obra e reitera que, em tempo de crise, funcionários se mantenham com experiência na área. O problema, segundo o consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Aldo Lima, é que o nível de exigência da indústria não é compatível com o nível dos candidatos.

"O empresário quando quer uma pessoa, quer que ela saiba tudo. Aqui, o pessoal se qualifica fazendo operações, não é polivalente. Estes são poucos e todos estão empregados. A primeira coisa que eles [os alunos] vão cortar é o investimento na educação", concluiu.

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Fonte: G1 Zona da Mata

Tags: vestuário, confecção, lojista, Muriaé, emprego





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