Em 18/08/2016 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Servidores municipais de Ubá suspendem greve

Após quinze dias de greve servidores municipais de Ubá suspenderam a greve

Após quinze dias de greve servidores municipais de Ubá suspenderam a greve

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Os servidores municipais de Ubá suspenderam a greve nessa terça-feira, 16 de agosto, após a população cobrar pelos atendimentos dos profissionais. O representante da comisão dos servidores, Maurício Fabiano, informou que a decisão foi tomada a partir de uma assembleia, em que a maioria dos funcionários decidiu voltar aos trabalhos. Foram 15 dias de paralisação e manisfestações pelas ruas da cidade.

O grupo reivindica reajuste de 10,67% nos vencimentos e, de acordo com a comissão de defesa dos servidores, após a resposta negativa do prefeito, os funcionários entraram na Justiça reinvidincando o direito constitucional da categoria. Eles garantem que a negociação começou em setembro de 2015 e, alguns meses depois, o chefe do Executivo concordou em pagar o reajuste, mas voltou atrás.

Em nota oficial, a Prefeitura de Ubá informou que em nenhum momento foi contra a reposição salarial dos servidores e que nos sete anos anteriores, a administração concedeu reajustes acima da inflação do período. A nota ainda diz que, por duas vezes, a Prefeitura enviou à Câmara de Vereadores propostas de recomposição salarial para os servidores, mas todos os projetos foram rejeitados.

Os servidores ainda ressaltaram que, no dia 9 de agosto, o prefeito recebeu um grupo de servidores para conversar e, como foi realizada uma Ação Judicial junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o município irá aguardar a decisão do tribunal. Se o TJMG entender que a Lei aprovada pela Câmara Municipal é constitucional, o pagamento será realizado aos servidores, caso contrário, a administração terá base judicial e legal que resguarda as ações realizadas.

imageManifestações começaram em abril
Em abril, os servidores chegaram a fazer uma manifestação pelas ruas da cidade cobrando a revisão salarial anual de 10,67%, com base no reajuste da inflação. Na ocasião, o prefeito se reuniu com os manifestantes e prometeu o reajuste, mas voltou atrás dias depois.

A partir de então, a Câmara Municipal aprovou um Projeto de Lei (PL), autorizado pelo prefeito, pedindo que ele cumprisse uma lei de novembro de 2015, que o obrigava a dar o mesmo reajuste fornecido aos funcionários do Legislativo, que já haviam ganhado a base da inflação.

O projeto em questão foi vetado pelo Executivo e deu início a uma série de intervenções na Prefeitura e na Câmara. No dia 15 de julho, os vereadores derrubaram o veto do prefeito, por unanimidade, durante uma reunião extraordinária. O chefe do Executivo Valdinho Baião teve, então, 48 horas para promulgar a decisão, mas não o fez. Com isso, transferiu o direito ao presidente da Câmara.

No dia 21 de julho, o presidente do Legislativo, Samuel Gazolla Lima (PCdoB), assinou um documento, derrubando o veto do prefeito e autorizando o reajuste imediato de 10,67% nos salários dos servidores. O documento foi enviado no mesmo dia para o Executivo, mas no dia 29, os salários que foram depositados para os servidores vieram sem o reajuste. (Fotos: Maurício Fabiano e Comissão dos Servidores Municipais de Ubá/Divulgação)
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Fonte: G1 Zona da Mata

Tags: greve, servidores municipais, prefeitura de Ubá, Vadinho Baião, reajuste de salário





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