Nos dias 17, 18 e 19 de agosto, o Grupo de Teatro do Colégio Cataguases vai estrear a peça "Amargos Doces Anos", escrita e dirigida pelo professor de Língua Portuguesa, poeta e artista plástico, Luiz Lopez. Será a primeira de oito apresentações do espetáculo que terá como atores alunos e ex-alunos da escola que vão acontecer no anfiteatro do próprio colégio às 10h, 15h e 19 horas, sendo que no dia 17 não haverá a primeira sessão, pois será ensaio geral. Os estudantes também participaram das demais fases da montagem da peça como cenografia, figurino, contrarregra, sonoplastia, iluminação e divulgação. A peça conta ainda com a codireção e direção de coreografia de Mário Ferreira.

O professor autor explica que a peça é na verdade, teatro pedagógico, que tem patrocínio do Governo de Minas Gerais, através da aprovação do projeto de teatro enviado à Secretaria de Estado de Educação no ano passado. Sobre o texto, Luiz Lopes diz que pretende ser uma plataforma de debate em sala de aula e fora dela, sobre alguns acontecimentos a partir da década de 1960. "A peça  aborda o sofrimento, a luta estudantil, trabalhista e as guerras, de um lado. De outro, os avanços, as conquistas diversas e alegrias, no Brasil e no mundo, nos períodos de 1960 aos dias de hoje, com citações de alguns fatos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais mais marcantes", explica.

O professor diz que o texto faz um passeio pela história contemporânea. "A plateia vai assistir a cenas da política e da economia mundial, a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, o Comunismo, a conquista espacial, as crises do petróleo dos anos 70, a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, e o domínio capitalista do império norte-americano. No Brasil, a construção de Brasília, a ditadura militar de 64, a tortura, o milagre econômico, as obras faraônicas dos governos dos generais, as "Diretas Já", a redemocratização, a Constituição de 1988, a tragédia de Mariana e o afastamento da Presidenta da República, Dilma Rousseff, com graves consequências que afetam a população mais pobre do país", explicou.

A peça ainda aborda a cultura e a sociedade, o rock, o movimento estudantil, o movimento Hippie, o feminismo, as drogas, o domínio da cultura norte-americana sobre a dos países periféricos. Em referência ao Brasil, os Festivais da MPB (Música Popular Brasileira), a Jovem Guarda, o Tropicalismo, a conquista da Copa do Mundo de Futebol de 1970, a televisão e a sociedade de consumo, acrescenta, sendo uma espécie de grande mosaico para rever os acontecimentos mais marcantes do mundo. A peça faz parte do projeto aprovado pela escola em 2015 de unir Arte e Cultura à Educação, como forma de melhorar a formação escolar dos alunos e levar o prazer, a participação e a alegria para o ambiente escolar, completou Luiz Lopez.











Nota da Redação: Matéria atualizada às 9:00 horas de 10/08/2016