Na terça-feira, 19 de julho, foi realizada no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases, uma reunião para apresentação do Plano Municipal de Saneamento Básico que será executado no município nos próximos vinte e cinco anos. Elaborado pela empresa DRZ, vencedora da licitação e contratada pela AGEVAP - Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul - a empresa fez um verdadeiro "raio x" da situção do saneamento básico em Cataguases e a partir de agora começou a dialogar com a comunidade sobre os resultados obtidos que vão culminar na votação deste plano pela Câmara Municipal.

Serão três reuniões abertas ao público sendo que a primeira, foi a do dia 19 que aconteceu em duas etapas; à tarde, no distrito de Sereno e voltada para a realidade das comunidades fora da sede do município, e à noite, especificamente para os moradores da cidade. Com um número bastante reduzido de pessoas, o encontro ocorrido no Centro Cultural Humberto Mauro mostrou, por exemplo, que Cataguases ainda aguarda a entrada em funcionamento do sistema de tratamento de seu esgoto e que ele prevê o crescimento da demanda para os próximos vinte e cinco anos. Além disso, com base em informações de 2009, o município desperdiça muita água, 40,9% quando o máximo deveria ser 25%, revelou a engenheira ambiental, Letícia Leal, que apresentou o relatório.

Outra informação importante apresentada por ela foi o consumo médio diário de água de cada cataguasense: 140,22 litros, também bem acima do recomendado pela ONU que é de 110 litros, revelou. Ela disse ainda que a captação de água no município funciona bem e o programa de coleta seletiva apresenta também um resultado positivo. Segundo Letícia "Cataguases tem alguns pontos que a colocam à frente na questão do saneamento. Embora seja difícil estabelecer comparação, num contexto geral, hoje, o município possui coleta seletiva, enquanto outros não possuem e aqui também está sendo implantado o sistema de tratamento de esgoto enquanto vários outros municípios também ainda não possuem isso", analisou.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Ricardo Matias, disse que o Município já tinha um Plano Municipal de Saneamento aprovado em 2010, mas segundo Letícia, ele não foi tomado como base para este novo estudo. Sobre o trabalho apresentado pela equipe da DRZ o secretário de Meio Ambiente analisou o Plano como sendo "muito importante, pois possibilita que tenhamos noção da real situação local, facilitando a adequação do plano, permitindo que a Administração trabalhe de maneira mais eficiente", disse. Ele também disse que este Plano vai possibilitar ao município pleitear recursos junto aos governos estadual e federal na área de saneamento básico porque o município estará de acordo com a lei nº 11.445/2007.