Equipes de policiais federais em frente ao Restaurante da Universidade Federal de Viçosa
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A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira, 20 de julho, em Viçosa, uma operação para apurar a suspeita de que servidores públicos desviaram recursos custeados pelo Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) da União repassados à Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Nesta manhã foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e oito de condução coercitiva expedidos pela Justiça Federal de Viçosa. De acordo com a Polícia Federal, a universidade colaborou com as investigações. A instituição ainda não se posicionou sobre o caso.
As investigações da Operação "Recanto das Cigarras" apontam que o esquema teria desviado, em média, R$ 2 milhões por ano. No entanto, ainda não foi informado há quanto tempo o grupo estaria agindo. No início do dia, os policiais estiveram em locais no campus e nas casas dos suspeitos. Todos foram conduzidos foram levados à base de operações da Polícia Federal, instalada na UFV, onde serão interrogados.
Ainda conforme a PF, os levantamentos começaram em junho deste ano, revelando a existência de suposto grupo de funcionários que, há anos, de forma reiterada, estaria causando prejuízo à UFV. Eles se apropriavam e desviavam gêneros alimentícios dos estoques, armazéns e do próprio Restaurante Universitário do campus Viçosa.
Os dois servidores que foram presos teriam relação com a gestão dos gêneros alimentícios. Além do afastamento compulsório das atividades funcionais e da restrição de acesso à universidade, os investigados podem responder por peculato e associação criminosa, cujas penas cominadas são de reclusão de 2 anos a 12 anos e de 1 anos a 3 anos, respectivamente, sem prejuízo de futura responsabilização disciplinar e por improbidade administrativa.
A operação mobilizou 70 policiais federais com apoio de equipes de Divinópolis, Varginha e Belo Horizonte e é resultado de operação do Núcleo de Repressão a Crimes de Desvio de Recursos Públicos da Polícia Federal. O nome da operação faz referência a um espaço que existe no campus da UFV e também à parábola biblica da cigarra e da formiga. (Foto: Nathalie Guimarães/G1)
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