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Está previsto para acontecer às 16 horas desta quinta-feira, 7 de julho, uma passeata pela segurança em Cataguases. O movimento que foi organizado através da rede social Facebook teve origem após um final de semana em que furtos a residências registrados em locais nobre da cidade assustaram a população, especialmente pela forma e ousadia como aconteceram, além de pessoas terem sido vítimas de agressão gratuita na rua.
Semana passada a Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou uma Audiência Pública para debater a criminalidade em Além Paraíba, e nesta quarta-feira, 6, foi a vez dos deputados estaduais discutirem a segurança pública em São João Nepomuceno. Nos dois municípíos da região uma reivindicação em comum: aumento do efetivo da Polícia Militar, que também é reclamada em Cataguases que já chegou a ter 120 policiais militares e hoje não chega a setenta.
A população talvez não saiba, mas a Polícia Militar em Cataguases é praticamente esquecida pelo governo de Minas. Além do déficit de pelo menos trinta policiais militares que deveriam estar atuando na área da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar, falta veículos. No mínimo cinco. E os que estão em atividade, a maioria está em péssimas condições de uso e não sai da oficina.
Falta manutenção periódica até porque não há outro veículo para substituir o que está parado. Recentemente, uma caminhonete utilizada para fazer patrulha rural voltava à noite de um atendimento em Itamarati de Minas com dois policiais quando o motor travou e rodou na pista, saiu para o acostamento até parar no meio do mato. Por sorte, os dois ocupantes nada sofreram além de um tremendo susto. Até hoje está na oficina.
Na Polícia Civil não é diferente. Em situação de greve por melhores condições de trabalho e salário, a realidade enfrentada por escrivães, investigadores e delegados em Cataguases é tão difícil quanto a dos policiais militares. O déficit de pessoal é enorme, garantem os próprios policiais. Segundo informações obtidas recentemente pelo Site, a Delegacia de Polícia Civil instalada na cidade necessita de vinte e cinco novos profissionais entre delegados, escrivães e investigadores.
Há também outras reivindicações importantes sobre segurança em Cataguases que devem ser tratadas com as autoridades da área como, por exemplo, a abertura de uma casa para abrigar menores infratores no sentido de atender a demanda municipal e da comarca. A mais próxima está em Juiz de Fora e ao que se sabe, atua no limite. Outro problema que precisa ser enfrentado é com relação às pessoas com problemas mentais e usuários de drogas. No primeiro caso, é preciso discutir uma forma de tratamento eficaz que evite agressões gratuitas por parte dos portadores destes transtornos como a que aconteceu na manhã do último domingo e, no segundo, garantir tratamento eficiente aos que queiram se livrar do vício, o que vai contribuir significativamente na redução do número de pequenos furtos.
A situação da segurança pública em Cataguases é grave e merece mesmo o empenho da população no sentido de obrigar o governo do estado a cumprir o seu dever constitucional que é oferecer segurança aos cidadãos. É preciso o envolvimento de todos neste assunto, inclusive do poder Legislativo e dos representantes do Ministério Púbico e da justiça. O prefeito Cesinha pode e deve desempenhar um papel determinante neste momento e usar sua influência para que o município recupere, ou pelo menos tenha uma força policial condizente com o tamanho de sua população, além de infraestrutura para que os policiais possam exercer sua função com tranquilidade. Força política Cesinha tem para isso.
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