Em 25/06/2016 às 19h32 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Presídio de Viçosa inaugura fábrica de blocos em parceria com a prefeitura

Os detentos do regime fechado que vão trabalhar na fábrica fizeram um curso de qualificação profissional

Os detentos do regime fechado que vão trabalhar na fábrica fizeram um curso de qualificação profissional

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As vias e as praças do município de Viçosa (122 Km de Cataguases), a partir de agora, serão pavimentadas e reformadas com materiais produzidos dentro de uma unidade prisional. Uma parceria entre o Presídio de Viçosa e a prefeitura possibilitou a construção de uma fábrica de blocos dentro dos muros da unidade.

Os equipamentos e os insumos que serão utilizados pelos presos foram ofertados pelo Executivo Municipal e a construção do galpão de trabalho contou com mão de obra prisional.

Ocupando uma área de 300 metros quadrados, a fábrica entrou em operação nos esta semana, depois que os cerca de 12 detentos concluíram um curso de capacitação oferecido por técnicos e professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A inauguração do projeto aconteceu na tarde da quinta-feira (23/6), com a presença de autoridades dos Poderes Executivo e Judiciário do município.

Segundo o diretor-geral da unidade, Vinícius Roque Coutinho, a expectativa é a de que até 20 detentos do regime fechado trabalhem na fábrica durante os períodos de alta demanda de produção.

Os presos produzirão blocos, manilhas, bloquetes e meio-fio. Os materiais produzidos dentro do presídio serão utilizados exclusivamente nos projetos de calçamento e reparos dos pavimentos e vias do município.

Para Coutinho, o maior benefício deste tipo de iniciativa, além do retorno à sociedade com melhorias para o município, é cumprir o dever de proporcionar a ressocialização do preso. "Tirar o preso da ociosidade, garantindo-lhe trabalho e profissionalização é o nosso principal objetivo e acredito que com este projeto estamos conseguindo cumprir este papel", diz o diretor.

imageAlém da profissionalização e ocupação, os detentos têm direito a remição de pena. Ou seja, a cada três dias de atividades laborais, um é descontado da sentença.

Em muitos casos, como o de Viçosa, os detentos também são remunerados. Segundo a Lei de Execuções Penais (LEP), não pode ser pago a eles menos que ¾ do salário mínimo vigente. 

Trabalho em números
Mais de 13.500 presos trabalham enquanto cumprem pena nas unidades prisionais de Minas Gerais. Desde total, cerca de 50% já participaram de atividades profissionalizantes.

Em todo o estado, são 481 frentes de trabalho em mais de cem diferentes atividades como construção civil, marcenaria, horticultura, corte e costura, panificação e fabricação de dispositivos eletrônicos, entre outros. (Fotos: Omar Freire/Imprensa MG)
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Fonte: Agência Minas

Tags: presídio, fábrica de blocos, detentos, parceria, prefeitura, Viçosa





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