O caso vai a juri popular ainda sem data marcada e será realizado no Fórum de Leopoldina
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O homem acusado de matar a esposa, então vereadora Daniela Maria do Carmo Paula, de Argirita (50 km de Cataguases), vai a juri popular. Ela tinha 32 anos quando foi encontrada morta com um tiro na cabeça dentro do banheiro da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em 2013.
Segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o réu responderá por homicídio duplamente qualificado, praticado por motivo torpe e sem possibilitar à vítima qualquer chance de defesa, já que ela estava ajoelhada ou agachada. O crime também tem um agravante, porque réu e vítima eram casados.
A decisão do juiz Gustavo Vargas de Mendonça, em substituição na Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Leopoldina, é de 24 de maio, mas foi publicada nesta segunda-feira, 13 de junho. Segundo o site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), cabe recurso. Ainda não há data prevista para o julgamento.
O advogado Guilherme Junqueira, explicou que a defesa pretende apresentar recurso contra a sentença de pronúncia e que, em caso de haver julgamento, irá demonstrar a inocência do réu, conforme publicou o G1 Zona da Mata. "Sabemos da dificuldade em reverter a decisão diante da repercussão do caso. No entanto, ao contrário da tese de crime passional apontada pela Promotoria, confiamos na inocência do nosso cliente e vamos detalhar a tese de que foi um crime político, encomendado e executado por outra pessoa. O acusado se tornou suspeito por ter sido o primeiro a encontrar o corpo da vereadora", afirmou.
Para o juiz, há provas do crime e indícios suficientes de autoria, que devem ser analisados pelo Tribunal do Júri. Ele concluiu que há sinais de que o réu agiu com intuito de vingança, em razão de a vítima manter um relacionamento extraconjugal e não mais querer manter o relacionamento com o acusado.
Na mesma decisão, o magistrado determinou que ele continue preso preventivamente, para a garantia da ordem pública, pela gravidade do crime praticado, para impedir a prática de novas infrações penais e para preservar a credibilidade do Poder Judiciário.
O suspeito chegou a ficar preso, mas um alvará de soltura o tirou do presídio em março de 2014. O homem foi preso no dia 5 de março de 2015, após se apresentar à Polícia Civil de Leopoldina, acompanhado do advogado, cumprindo mandado de prisão expedido pelo TJMG. (Foto: O Vigilante Online)
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