Cerca de 144 famílias que moram em 9 dos 29 prédios do Condomínio Residencial São Marcos tiveram o serviço de abastecimento de água interrompido pela Copasa na tarde de terça-feira, 4 de maio. Segundo o Presidente do Comitê de Moradores local, Nelson Júnior, a cobrança pelo serviço é realizada pela Monterrey Imobiliária, empresa de Juiz de Fora indicada pela Caixa Econômica para administrar o condomínio. O corte foi realizado devido à falta de pagamento de alguns condôminos. Os moradores que estão com as contas em dia reclamam a falta do abastecimento em seus apartamentos.

O pagamento da água e do condomínio é realizado via boleto, e pode ser efetuado em qualquer agência bancária ou casa lotérica, mas muitos moradores estão inadimplentes há vários meses, segundo informa o presidente do Comitê. "Tudo acaba virando uma bola de neve. A administradora faz as cobranças aos moradores por telefone, carta, manda segunda via, mas muitas pessoas acreditavam que não ia acontecer isso", contou Júnior mostrando o relatório da inadimplência que chega a 60% dos moradores.

O fato que deu origem a este problema, porém, é anterior à chegada dos moradores, reconhece Nelson Júnior, e está na opção pela construtora Dharma (empresa que construiu o Residencial São Marcos) de instalar um medidor único de água para cada prédio quando, segundo conta, deveriam ter sido colocados hidrômetros para cada apartamento. "Seria o correto a fazer, mas agora, desde que o condomínio começou a funcionar, somos obirgados a conviver com este problema", relata.

Nelson Júnior, porém, revela as medidas que está adotando para reverter a situação. No próximo dia 10, a entidade tem agendada uma uma reunião, em Belo Horizonte, com a direção da Copasa para definir, para definir sobre a individualização dos hidrômetros e também instalar caixas d’água para suprir a deficiência no abastecimento no no Residencial. Ele também informou que está pleiteando a organização de uma Audiência Pública na Câmara Municipal com a participação de representantes da Defensoria Pública do Estado, Procon, Caixa Econômica Federal e demais autoridades para debater este e outros problemas enfrentados pelos moradores do Condomínio. (Fotos: Samuel Pereira)