Manoel Mathias Júnior, Nilmário e Irmã Bete descerram a placa de inauguração do Laboratório de Informática
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O presídio de Cataguases inaugurou nesta tarde de sexta-feira, 8 de abril, o seu Laboratório de Informática que será utilizado pelos alunos reeducandos. O evento contou com a presença do Secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais, Nilmário Miranda, e a presença dos diretores do presídio Manoel Luiz Mathias Júnior José Ricardo Alves, Luiz Antônio Gonçalves e Guilherme Luiz Pinheiro Campos Filho, o assessor do deputado estadual Durval Ângelo, Alexandre de Moura Peluso, e a diretora e o vice-diretor da Escola Estadual Marieta Soares Teixeira, professores e convidados.
Oitenta alunos reeducandos estudam no presídio nas séries iníciais, ensino fundamental e médio, além de um aluno que cursa o ensino superior. As aulas são ministradas por professores da Escola Marieta Soares Teixeira em turno único, explicou a diretora, Maria Tereza Alonso. Ela revelou ainda que o novo laboratório que conta com 10 laptops será muito "útil no trabalho de reinserção dos reeducandos na sociedade". Já o Chefe de Gabinete da Prefeitura, Tomaz Esteves, que representava o prefeito Cesinha Samor, destacou o trabalho desenvolvido pelo presídio que, segundo ele, "vem melhorando a cada dia".
De acordo com o diretor geral do presídio, Manoel Luiz Mathias Júnior, desde que assumiu a unidade que era voltada para a segurança prisional, "venho procurando expandir as ações, formalizando parcerias com a área social e inserir o presídio na vida da sociedade", revelou. Entre outros projetos que vem desenvolvendo, conforme informou, está o da horta comunitária, o fortalecimento da parceria com a escola dentro da unidade e está trazendo de volta o coral formado por agentes penitenciários e apenados.
Sidilúcio Ribeiro Senra, Superintendente Regional de Ensino, reiterou que a parceria com o presídio é "trabalhar para os que hoje estão reclusos possam se qualificar para voltar para a sociedade". Já o defensor público André Néri, percebeu uma diferença significativa entre a cidade que estava para Cataguases. Segundo ele aqui o detento "perde apenas sua liberdade, mas não a sua dignidade e isso nos dá esperança em sua ressocialização. Esta inauguração é uma prova disso", completou.
"Irmã Bete", como é carinhosamente chamada uma das idealizadoras do projeto de educação junto a detentos, e cujo laboratório de Informática recebeu o seu nome, relembrou sua luta para iniciar as aulas dentro do presídio e os resultados que vem colhendo. Fez agradecimentos e reforçou sua crença de que é pela Educação que se fará a ressocialização dos apenados. Em seguida, o vice-diretor da Escola Marieta Soares Teixeira, João Dioni, refletiu sobre o aumento do número de presos nos sistema carcerário e perguntou "onde estão as falhas?" Ele também comentou a falta de mão de obra especifica para ensinar uma profissão.
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