Em 06/04/2016 às 12h02 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Gestor da Macrorregional de Saúde de Juiz de Fora analisa funcionamento do SUS

Oleg Abramov fez uma explicação detalhada de como funciona hoje o Sistema de Urgência e Emergência do SUS

Oleg Abramov fez uma explicação detalhada de como funciona hoje o Sistema de Urgência e Emergência do SUS

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A Câmara Municipal de Cataguases abriu a reunião de terça-feira, 5 de abril, com a apresentação do Superintendente Regional de Saúde de Juiz de Fora, Oleg Abramov Júnior, para falar sobre a Central Macrorregional de Regulação e a Cogestão do Sistema Único de Saúde. Ele explicou como funciona a nova política de regulação de leitos hospitalares e a Rede de Urgência e Emergência (RUE).

De acordo com o superintendente, a Rede de Urgência e Emergência é uma política federal, trabalhando de forma integrada com componentes móveis, como o SAMU, e fixos, como as Unidades de Pronto Atendimentos – UPA, e hospitais organizados em níveis de atendimento do 1 ao 4, correspondente ao grau de complexidade. "Aqui na região, este sistema foi implantado em 2014", acrescentou. 

"Temos quatro linhas mais importantes de financiamento: a Infarto Agudo do Miocárdio  – IAM; Acidente Vascular Cerebral – AVC; a Neurocirurgia e a traumato ortopedia. Na nossa região, continuou Abramov, a RUE foi implantada antes que todos esses credenciamentos estivessem sido publicados pelo Governo Federal, e isso gerou um problema: não temos nenhum hospital habilitado a receber esse recurso do Governo", completou.
 
imageEle revelou ainda que mais de 90% dos serviços de alta complexidade estão concentrados em Juiz de Fora e apenas Muriaé tem um hospital credenciado como nível 1, apto a receber atendimento eu neurocirurgia. Outro problema é que a macrorregional é formada por 94 municípios, conforme informou Abramov, mas o sistema não consegue "enxergar" os leitos disponíveis em Juiz de Fora porque o município não está sob sua regulação e tem uma central própria, que funciona de forma paralela, disse, para espanto da plateia.
 
Ele destacou também os três principais problemas enfrentados pelo sistema atualmente: "Qualidade na informação, descrição do quadro do paciente lançada no sistema; Qualificação do operador do SUS Fácil e o fato de a central de regulação de Juiz de Fora não estar trabalhando em sincronia com a Central Reguladora da Macrorregião". 

Apesar disso, Abramov elencou ações que estão sendo desenvolvidas para melhorar a qualidade do serviço prestado à população e que segundo ele vem dando "muito bons resultados": unificação das centrais de regulação com a padronização de atendimentos; Cogestão, respeitando a jurisdição e autoridade do município de Juiz de Fora;  Criação do cargo gestor de contrato para fiscalizar em cada hospital da rede a forma de atendimento que está sendo praticado; Criação do Comitê Regional para avaliar as dificuldades cotidianas encontradas no acesso ao Sistema de Saúde e aos leitos de saúde. E finalizou lembrando que "a regulação não cria vagas, ela apenas melhora o acesso dos pacientes às vagas já existentes". (Fotos: Samuel Pereira)
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Autor: Samuel Pereira

Tags: Sus, macrorregional, Juiz de Fora, Oleg Abramov. Saúde





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