Uma faixa na cidade convida a população a participar do movimento que já colhe assinaturas dos eleitores
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Um grupo de amigos de Ervália se reuniu para levar à Câmara Municipal um projeto popular pedindo a redução dos salários dos agentes políticos da cidade. Entre as reinvindicações, está a de redução de 65% nos vencimentos dos vereadores, para que eles passem a receber R$ 1 a menos do que os professores em jornada de 40 horas semanais.
A iniciativa não é nova e já ocorreu em outras cidades, como em Oliveira, no Centro-Oeste de Minas, onde a população conseguiu levar para votação um projeto de redução do vencimento dos vereadores para um salário mínimo e se tornou referência do movimento de Ervália.
Para apresentar a ideia aos vereadores, os idealizadores precisam do apoio de, pelo menos, 5% do eleitorado da cidade, o que corresponde a cerca de 800 eleitores. Para motivar a população, eles estão realizando uma campanha com faixas em pontos estratégicos, camisas e adesivos para carros. Nos próximos dias, também pretendem iniciar uma panfletagem.
Um dos integrantes do Movimento Ervalense Presente, Marcos Kamilo Castro, explicou como pretendem alcançar a meta. "No momento, o que queremos é a redução para vereador. Hoje o salário está em torno de R$ 6.200 e queremos passar para R$ 2.134. É um valor pelo simbolismo, já que R$ 2.135 é o teto nacional de um professor em 40 horas", explicou.
Segundo ele, a cidade é politicamente dividida há anos e esse cenário os mobilizou a criar o grupo de discussões independente. "Há dois partidos políticos e tudo sempre gira em torno deles. Só que a população também fica dividida nisso. Então, o movimento tem simpatizantes dos dois partidos, mas não queremos que seja vinculado a nenhum deles nem que seja uma terceira opção", afirmou.
Presidente da Câmara apoia redução O presidente da Câmara Municipal de Ervália, Elder Mattos (PSDB), contou ao G1 que conhece e apoia o movimento e que, inclusive, já se encontrou com um dos organizadores e demostrou vontade de ajudar. "Chamei um organizador, que é meu amigo, e disse que a Câmara está à disposição para qualquer tipo de discussão. Ele preferiu juntar as assinaturas antes, talvez para não perder a característica popular do movimento. Acho que a estratégia deles está certa", comentou.
Mattos também confirmou que os parlamentares recebem R$ 6.238,12 mensalmente e disse que apoia a redução proposta pelos integrantes do movimento. "Pelo que eu noto, alguns vereadores estão a favor, outros contra. Na Câmara é dividido, mas sou favorável e acho que eles conseguem essas 800 assinaturas em menos de uma semana", concluiu.
Grupo coleta assinaturas A campanha começou no dia 13 de fevereiro, com a criação de uma página. Atualmente, o grupo tem 15 colaboradores e as assinaturas começaram a ser colhidas nesta semana em diversos pontos da cidade, inclusive na área rural. Como não há patrocinadores, quem quiser ajudar, pode adquirir camisas (fotos) para ajudar a custear a campanha.
O Projeto de Lei de iniciativa popular está disponível para
download e as dúvidas podem ser sanadas pelo e-mail
[email protected].
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