Familiares de falecido querem reparar erro na hora do sepultamento
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Após o funeral de Geraldo Bento da Cruz, realizado no sábado, 5 de março, em Cataguases, familiares perceberam que o sepultamento havia sido efetuado em um túmulo diferente do que acreditavam ser de propriedade da família. Na tarde desta segunda-feira, 7, Maria Lúcia Matos da Cruz e Leise da Silva Norte estiveram no Cemitério Municipal São José para denunciar o ocorrido e tomar as providências visando corrigir o erro.
Segundo Leíse, o corpo de Geraldo deveria ser enterrado na mesma sepultura de seu filho, morto em julho de 2009, cujo túmulo é o 4039, e foi adquirido pela família naquele cemitério. Mas no sábado, após a cerimônia fúnebre, membros da família perceberam que não havia sido cumprido o último desejo do falecido, pois o túmulo em que fora sepultado não era o mesmo de seu filho, como ele havia pedido antes de falecer.
Os familiares, então, foram imediatamente procurar a direção do cemitério para alertar sobre o erro quando perceberam que o problema era ainda mais grave. "Quando fizemos a reclamação nos disseram que ele havia sido enterrado no mesmo local da ficha (que informa ter sido no túmulo número 4043), mas no registro constam dois nomes de proprietários do mesmo túmulo", contou Leíse, em tom de revolta. Ela revelou ainda que nos documentos funerários do Cemitério São José a ela apresentados, está registrado que Geraldo foi, na verdade, sepultado num terceiro túmulo, de número 4042. Em meio a confusão e sem saber o que fazer, no final da tarde a família preferiu registrar um boletim de ocorrência na Polícia Militar sobre o episódio.
Ao ser procurado pela equipe de reportagem do Site do Marcelo Lopes, o atual administrador do Cemitério São José, Silas Toledo, reconhece que o túmulo que a família reclama possui dois donos, mas disse aos familiares que estão livres para procurar seus direitos na justiça. Por outro lado ele explicou que agiu de acordo com o documento que norteia este tipo de procedimento. "A documentação que apresentou na hora do sepultamento é onde foi sepultado o corpo do falecido. Então, não foi nada errado. O documento que eles apresentaram para o cemitério foi o túmulo 4043 aonde foi sepultado o falecido no sábado passado (sic)", explicou. Ele completou dizendo que não pode abrir o túmulo sem ordem judicial. (Fotos: Samuel Pereira)
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