A Coordenadoria de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde está cumprindo mandados judiciais para retirar lixo e entulhos acumulados de residência cujos proprietários não autorizam o trabalho dos agentes de endemias. Este locais podem se tornar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya e Zika vírus. A informação foi prestada pelo coordenador do setor, Alencar Norte Filho, durante ação nesta quinta-feira, 2 de março, após cumprir o terceiro mandado.

Segundo Alencar, a justiça deferiu quatro mandados, sendo que o primeiro foi cumprido na terça-feira no bairro Paraíso, de onde foram retirados três caminhões de lixo e entulhos. Na quarta-feira, as equipes de agentes de endemias estiveram em uma residência na Vila Tereza. "Lá retiramos um caminhão de entulhos e acredito que vamos retirar outro", informou o coordenador de Endemias, Alencar Norte. Ainda serão cumpridos dois mandados judiciais nos próximos dias, avisou. "Um numa residência do bairro Miguel e outro no bairro Horto Florestal".

Alencar explica que a situação no município, assim como em todo o país, é complexa com relação à doença. "Estamos vivendo um surto de dengue, chikungunya e Zika e, por isso, estamos intervindo por meio de medidas judiciais para amenizar o impacto das doenças em nossa cidade", disse. "É preciso que a população se mobilize e trabalhe em parceria com as equipes de agentes de endemias, utilizando, pelo menos, dez minutos diários em suas residências, para verificar a existência de possíveis criadouros do mosquito. Infelizmente muitas pessoas ainda demonstram resistência em colaborar com o nosso trabalho", completou o coordenador do setor de endemias da prefeitura de Cataguases. Ele concluiu dizendo que muitos moradores ainda acumulam materiais e entulhos em seus quintais e deixam suas caixas d’água destampadas, "contribuindo para a proliferação do mosquito transmissor da doença".

Além deste trabalho de visitação, Alencar informou que o setor está utilizando também um veículo para espalhar inseticida a fim de ajudar a eliminar o mosquito e minimizar o problema. "De nada adianta o fumacê"  passar pelo bairro para matar o mosquito se existem ainda locais que contém água nas residências e são criadouros da larva dele. Por isso é de suma importância a participação da população cuidando de suas casas e também notificando os serviços de saúde em caso de sintomas da doença", alertou.