A equipe do barracão da Escola trabalha na montagem dos carros alegóricos
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Pronta para transformar a Passarela do Samba numa grande festa, a Taquara Preta criou um enredo sobre a cultura nordestina. "Vamos falar da vida, do folclore, danças típicas e das festas do Nordeste, além de trazer um pouco de Lampião e Maria Bonita para a avenida", explicou Fabrício Zulato, presidente da escola e integrante da comissão carnavalesca que também conta com a participação de Binha e Flávio Benzi.
A Taquara será a segunda Escola atravessar a Passarela do Samba Expedito Liberato na noite de segunda-feira, 8 de fevereiro, composta por dez alas e quatro alegorias que estão sendo montadas no pátio do prédio do novo terminal rodoviário, no próprio bairro, e receberão acabamento final da decoradora Josi Amaral. Das dez alas, segundo o carnavalesco, cinco foram compradas em outras cidades, devido ao pouco tempo que as escolas tiveram para preparar seus enredos e as outras cinco confeccionadas na escola.
A Comissão de Frente vai fazer homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, informou Fabrício. A coreografia montada pela bailarina e professora de dança, Elisângela Rodrigues, está sendo guardada como trunfo para impressionar aos jurados. Os protetores do pavilhão da escola, os casais de mestre-sala e porta-bandeira, Mirilane e Maicon estão também guardando em segredo detalhes dos ensaios e das fantasias. O samba-enredo foi composto por Macaé e será interpretado por Roberto Taquarão, Braulio e Luizão, com acompanhamento dos 70 ritmistas da bateria e pela madrinha Maiza Ribeiro.
"O segundo lugar em 2015 para a gente, teve gosto de vitória, pela beleza e alegria que a escola trouxe para a avenida", analisou Fabrício, que pretende repetir o feito esse ano, e embora o tempo de preparação tenha sido curto, a perspectiva de unir a comunidade tem sido alcançada. "Hoje temos poucas fantasias disponíveis, pois a procura por moradores da Taquara, São Cristovão e São Marcos tem sido grande, estamos fazendo um desfile para ficarmos nas cabeças", avisa entusiasmado. Os ensaios da escola estão acontecendo a partir das 19 horas no início da Rua Maria Alcina.
A majestade da bateria Segundo o ‘Dicionário do Samba’ a intenção de se colocar uma rainha à frente da bateria é de que ela auxilie o mestre de percussão no comando da ala, levando mais animação, e atraindo a atenção dos espectadores para os instrumentistas. Rainha da bateria verde e branca há seis anos, Maísa Ribeiro, que também desfila no sábado em São Paulo como passista da Império de Casa Verde, se destaca das demais passistas cataguasenses pela postura altiva e performance provocando a arquibancada.
Maísa desfila pela Taquara desde três anos de idade, com incentivo de seu pai, Geraldo, falecido em julho passado. "Ele confeccionava minhas fantasias. Com ele aprendi a sambar e amar o mundo do carnaval", contou emocionada a rainha que assume defender de coração as cores da Escola. Para reinar, a morena mantém uma preparação árdua que se resume em muitos ensaios, aulas de samba e treinos de musculação entre duas a três vezes na semana pra ter um pouco mais de resistência. (Fotos: Samuel Pereira)
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