A gasolina continua subindo de preço no Brasil enquanto o petróleo é vendido por um terço do que valia há dois anos
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Mesmo com o preço do petróleo em queda livre, os combustíveis devem ficar mais caros em Minas a partir de fevereiro. De acordo com estimativas do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), o preço do litro da gasolina deverá subir R$ 0,06 e o do etanol, aproximadamente R$0,05.
O aumento está ligado à alta dos valores usados para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina comum e do etanol hidratado, medidos pelo governo do Estado por pesquisa realizada nos postos de combustível.
Na contramão dos reajustes repassados ao consumidor, o petróleo – matéria prima da gasolina – está cada vez mais barato no mercado internacional. Dados da Consultoria Investing apontam que o preço do brent (referência internacional na comercialização da commodity) caiu 39% entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016. O preço médio do litro da gasolina em Minas, por outro lado, subiu 22% no mesmo período de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Uma das principais razões para o descompasso entre o preço das refinarias e das bombas está ligada às dificuldades financeiras vividas pela Petrobras, que define o preço da gasolina nas refinarias do país. Na última semana, as ações da empresa chegaram a custar R$ 4,41, o menor valor desde o ano de 2003.
Na avaliação do presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, a tributação elevada também tem grande peso sobre a composição de preços dos combustíveis em todo o país. Segundo a média Brasil de outubro, estimada pelo órgão, 36% do preço da gasolina são compostos por tributos, como ICMS, PIS/Cofins e Cide.
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