O Natal da crise, ou o da carestia, como estava sendo anunciado por todos os setores da economia nacional parece, ao que mostram os primeiros indicadores econômicos, não foi tão ruim assim. Em Cataguases, pelo menos, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Humberto Lanzieri, o pessimismo foi deixado para trás nos últimos dias que antecederam à data , conforme revelou à reportagem do Site do Marcelo Lopes na manhã deste sábado, 26 de dezembro.

Em sua avaliação preliminar, como fez questão de dizer, "acredito que tivemos uma boa surpresa, pois esperávamos uma possível queda nas vendas mas o que está se vendo é um pequeno crescimento", disse, satisfeito Humberto. O presidente da CDL cita como termômetro o aumento de 3% no número de consultas para compras no crediário até o dia 24. "O grande impulso nas vendas foram mesmo os dias 23 e 24 quadno registramos um crescimento de 11% nas consultas no sistema de venda à prazo em relação a 2014", revelou.

Humberto lembra também que os números variam entre os diversos segmentos do comércio. "Neste sentido é importante destacar que os produtos de menor valor foram os que mais cresceram no período e puxaram este resultado global para cima", analisou. Em plena crise, e para não passar o Natal sem a tradicional troca de presentes, o consumidor preferiu comprar produtos mais baratos.

Em sua avaliação sobre a campanha de Natal de Cataguases, Humberto Lanzieri comentou sobre a queixa de muitos comerciantes sobre o horário especial de Natal deste ano, "principalmente o de domingo que, diferentemente de 2014, foi concentrado na parte da manhã, o que também no nosso entendimento, prejudicou as vendas daquele dia, com grande perda em relação ao ano anterior, o que poderia ter somado para um resultado melhor no mês em um ano muito difícil" avaliou o presidente da CDL.

Por fim, sobre as perspectivas para 2016, Humberto é sincero: "acreditamos em um ano difícil mas que com muito trabalho e aperfeiçoamento da gestão em todas as areas da empresa seja possível atravessá-lo e vivenciar um período mais próspero que certamente virá. Temos que acreditar, querer e fazer as coisas acontecerem", diz otimista o presidente da CDL que vê nos períodos de crise momentos de aprendizado e de muito trabalho.