Com a chegada do período chuvoso, a preocupação relacionada à dengue passa a ser mais evidente no município, sobretudo porque as notificações de casos suspeitos da doença crescem de modo especial, uma vez que o mosquito transmissor, Aedes aegypti, se aproveita da presença de mais focos de água parada e da alta temperatura para se multiplicar facilmente, quando não é combatido da maneira adequada.

Em Cataguases, o Núcleo do Controle de Endemias (NCE) da Secretaria Municipal de Saúde realiza rotineiramente diversos trabalhos que visam o extermínio do vetor da Dengue, além de campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância de todos realizarem sua parte na luta contra essa doença. 

"Para acabar com a Dengue, é preciso destruir seu transmissor", frisa o coordenador do NCE, Alencar Francisco Norte Junior, lembrando que, nesse sentido, "a participação da população é fundamental". Ele destaca que, no último Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRa), divulgado nessa quarta-feira, 28, Cataguases apresentou média 1,8% de infestação predial, quase o dobro do valor de 1% preconizado pelo Ministério da Saúde.

Conforme reitera Alencar, de 1.420 imóveis analisados na pesquisa, foram encontrados focos de Aedes aegypti em 25 deles, espalhados por 19 bairros do Município. Ainda segundo revela o chefe do NCE, a maior parte dos criadouros do mosquito transmissor foi observada em depósitos móveis, como vasos, frascos, pingadeiras, pratos de planta, fontes ornamentais, recipiente de degelo, objetos religiosos, materiais de construção e bebedouros de animais em geral.

De acordo com a coordenadora municipal de Epidemiologia, Lívia Machado Milani, 469 notificações de suspeitas de Dengue foram notificadas em Cataguases neste ano, até o fechamento desta matéria, sendo 351 casos já confirmados e apenas 91 descartados. Ela sublinha que os números são menores dos que os registrados em anos de epidemia, como em 2013, quando foram constatados 1520 casos, mas alerta que, nos próximos meses, as notificações devem aumentar, como já está acontecendo gradativamente nas últimas semanas.

Veja, a seguir, o índice de infestação predial por bairros da cidade: