Luciana Moreira abriu a reunião lembrando que se tratava "apenas" de uma proposta para ser analisada pelos presentes
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Nessa quarta-feira, 28 de outubro, a Secretaria de Educação de Cataguases realizou reunião com professores e outros representantes das escolas de educação infantil e de ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino, para apresentar proposta de alteração de carga horária da categoria. Conforme destacou a titular da Pasta, Luciana Barbosa Moreira, a intenção é aumentar a hora aula de 50 para 60 minutos, de modo que se possa reduzir dos atuais 390 para 250 professores no próximo ano, garantindo economia financeira para o Município.
A secretária ressaltou que retirar os 140 contratados, além de reduzir gastos, atenderá consequentemente determinação judicial que obriga o Município a ter apenas servidores concursados em seu quadro. Ainda de acordo com a gestora, as mudanças também beneficiarão pedagogicamente as escolas, uma vez que, contando apenas com professores efetivos, a rotatividade de profissionais em sala de aula diminuirá, o que garantirá melhores condições para a formação adequada dos alunos.
Antes de a proposta ser detalhada pela coordenadora pedagógica Sandra Moutinho, o economista e servidor da Prefeitura de Cataguases, Mauro Fachini (foto ao lado), apresentou números financeiros da instituição e, em conversa com a reportagem do Site do Marcelo Lopes, disse que, da forma como atualmente está, a situação da Secretaria de Educação não caberá no próximo Orçamento do Município.
De acordo com a proposta apresentada pela Pasta, com o aumento da carga horária, o salário dos professores também aumentaria, porque o valor da hora aula subiria de R$ 8,65 para R$ 10,38. No entanto, alguns profissionais já manifestaram descontentamento com a possibilidade apresentada e, na visão do professor Édson Adriano (foto abaixo), o resultado das mudanças apresentadas não geraria economia, uma vez que um professor efetivo custa mais caro ao Município devido aos benefícios a que tem direito pela sua formação e pela progressão de carreira.
O resumo da Secretaria de Educação revelou que a redução de gastos com salários seria de aproximadamente R$ 1.725.620,00. Vários participantes da reunião disseram que, se tem de haver economia, que sejam provenientes de outros setores públicos, uma vez que o professor tem seu salário amparado pelo FUNDEB, verba federal destinada a tal finalidade. Outros profissionais preferiram não se manifestar, optando por guardar seu posicionamento para os debates em assembleia, que deverá ser convocada por sindicatos da classe, para votação e decisão final sobre a proposta, antes que ela seja encaminhada à Câmara Municipal que deverá aprovar lei neste sentido.
Luciana disse que, na preparação da proposta apresentada aos presentes, houve estudos e sugestões com técnicos, coordenadores educacionais e outros profissionais ligados à questão. Ela também reiterou que o objetivo da reunião é ouvir outras opiniões sobre o assunto. Em alguns momentos, o evento ficou tumultuado, com a exaltação de ânimos de alguns participantes e conversas paralelas às falas oficiais. A reunião contou com a presença de líderes sindicais do Sinserpu e Sindute, que tiveram a concessão para falar e defender que os professores avaliem a situação antes de votar em assembleia. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
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