A prefeitura de Ubá quer castrar os animais que vivem nas ruas para evitar propagação de doenças e outros males
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A cidade de Ubá vai firmar convênio com organizações não-governamentais (ONGs) e veterinários permitindo que avance a política de castração de animais de rua. A medida, que tem por objetivo o controle populacional e bem-estar dos animais, foi anunciada pelo prefeito Vadinho Baião durante visita da Comissão Extraordinária de Proteção dos Animais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a um canil localizado na área rural de Ubá nesta sexta-feira (18).
O canil existe desde 2010, atualmente é ocupado por 123 cães adultos e 29 filhotes, e já foi visitado duas vezes pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), a pedido do Ministério Público. No entanto, não se constatou maus-tratos aos animais.
A gerente de Assistência de Vigilância de Saúde, Sandra Regina da Silva Kilesse, ressaltou que a entidade pediu que sejam feitas, principalmente, adequações estruturais no espaço, como a cimentação de paredes e pisos. "Estamos fazendo o que é possível. E os cães daqui são saudáveis. Testes foram feitos e não foi constatada leishmaniose. O problema é que não fomos liberados para fazer a castração aqui".
Conforme informações divulgadas pela assessoria da ALMG, a lista de adequações necessárias inclui uma estrutura hospitalar para os animais. O canil também não segue o que é preconizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), não é coberto nem possui vigilância noturna. Tendo em vista esse cenário, o prefeito optou pelo estabelecimento de convênios, que serão assinados com ONGs e veterinários, para repasse de recursos e execução das castrações.
"A solução para combater definitivamente o problema da população de cães de rua é a castração, mas apesar de termos profissionais competentes no canil, o CRMV não nos permite. Optamos, então, pelo repasse de recursos e essas entidades farão os procedimentos", esclareceu o prefeito.
Ubá possui em torno de 15 mil cães, sendo que cerca de 4 mil estão na rua. O presidente da comissão e autor do requerimento para realização da visita, deputado Noraldino Júnior (PSC), frisou a importância de ter um canil municipal como abrigo para os animais que não podem ser adotados. "Estamos batalhando para que, no ano que vem, o Estado estabeleça um programa de castração. O recolhimento não adianta porque os animais não param de procriar e o problema só aumenta", afirmou.
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